Dia dos Solteiros chinês bate recorde de US$ 30,8 bilhões em vendas em 24h

Por Tainá Freitas
12 de novembro de 2018 às 11:49 - Atualizado há 4 anos

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Tal como o Brasil experimenta um maior crescimento no número de vendas no final do ano – com a Black Friday e o Natal, por exemplo -, a China possui, no dia 11/11, a data mais icônica e esperada pelos varejistas e consumidores: o Dia dos Solteiros. O evento desse ano foi um recorde – o Alibaba vendeu US$ 30,8 bilhões em 24h.
A gigante do varejo chinesa atingiu o valor vendido no ano passado – US$ 25,3 bilhões – às 17h30. As vendas iniciaram assim que o relógio virou a meia noite do sábado para o domingo. Atualmente, o evento é mais rentável do que a Black Friday e Cyber Monday juntas, nos Estados Unidos.
Esta é a primeira edição em que o Alibaba traz a promoção para o Lazada Group, seu e-commerce focado em Singapura. Dessa forma, o Dia dos Solteiros atingiu também outros países da Ásia, como o Vietnã e Tailândia. Jack Ma, um dos fundadores e presidente do Alibaba – que irá se aposentar em 2019 -, já havia expressado o desejo de transformar a data em um fenômeno global.
A própria aparição de Ma, neste ano, foi diferente. O empreendedor, conhecido por fazer grandes performances midiáticas – inclusive se vestir de Michael Jackson e dançar -, não apareceu nos palcos, apenas em um vídeo gravado em que competia com colaboradores do Alibaba na entrega de delivery e fechando pacotes.
O próprio setor de entrega de refeições foi maior neste ano, em que a varejista utilizou seu serviço Ele.me para entregar inclusive produtos do Starbucks. Além disso, a rede de supermercados do Alibaba, a Hema, também participou do Dia dos Solteiros. A participação de serviços O2O (online to offline) pode ter feito uma grande diferença no faturamento deste ano – a Koubei, plataforma de indicação de serviços, possui 150 mil comércios parceiros que ofereceram 50% de desconto em karaokês, salões de beleza e cabeleireiros.
Uma das grandes questões sobre o Dia dos Solteiros deste ano era se a guerra fiscal da China com os Estados Unidos afetaria o evento. Para Joe Tsai, vice-presidente executivo do Alibaba, a resposta é negativa. “Existem 300 milhões de pessoas na classe média [na China]. Nos próximos 10, 15 anos, esse número irá dobrar para 600 milhões. Esse número não irá parar de crescer, com ou sem guerra fiscal”. O vice-presidente executivo também informou, no entanto, que a venda de produtos de valores mais altos, como geladeiras e máquinas de lavar diminuiu.
Segundo o National Bureau of Statistics, o crescimento nas vendas online na China diminuiu para 24% no terceiro trimestre deste ano, frente aos 36% do trimestre anterior. No entanto, a China continua sendo o maior mercado do mundo, dominado principalmente pelos varejistas Alibaba – o líder – e JD.com. Segundo o analista Sergio Spadone, da BML Associates, a penetração do e-commerce chinês supera a dos Estados Unidos (mais de 15%, frente aos 9% do país do continente americano) e a previsão é que alcance 33% em 2020.
“Em poucos anos, a China criou o maior e mais dinâmico mercado já visto. Essa força alimenta uma geração de empresários audazes, talentosos e com mentalidade global, com Jack Ma como influência, que transformou a China na mais produtiva fábrica de unicórnios e novo berço de inovação tecnológica e financeira”, disse o analista.

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