Depois de ano intenso, IPOs de empresas chinesas tropeçam e levantam dúvidas
Por Isabela Borrelli
1 de novembro de 2018 às 07:30 - Atualizado há 4 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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O clima de investimentos na China parece estar nublado. Essa semana tanto o Wall Street Journal quanto o Crunchbase apontaram para o mercado de ações chinês, que tem sido duro com empresas chinesas consideradas unicórnios.
A exemplo disso, a Xiaomi, empresa de produtos eletrônicos, e a Meituan-Dianping, site de compras para produtos de consumo e serviços de varejo encontrados localmente, foram duas empresas que tiveram performances muito diferentes no mercado privado e no público.
No caso da Xiaomi, como uma empresa privada ela foi avaliada em US$ 46 bilhões, em 2014, e antes de seu IPO mirava alcançar os US$ 100 bilhões na abertura do capital. Os planos não deram certo: fazendo US$ 4,7 bilhões no IPO, ela chegou ao valor de mercado de US$ 54 bilhões. Desde então, suas ações caíram e, no último fechamento, segundo o Crunchbase, ela chegou no seu ponto mais baixo, com US$ 33,6 bilhões.
De forma similar, a Meituan-Dianping levantou um total de US$ 7,3 bilhões de investidores como Booking Holdings, Tencent, China Resources e Temasek, alcançando um valor de US$ 30 bilhões antes do IPO. No seu IPO, a empresa estabeleceu o valor das suas ações por volta de US$ 8,79, arrecadando US$ 4,2 bilhões e chegando a valer US$ 53 bilhões. Aparentemente, a Meituan-Dianping tinha focado em arrecadar US$ 6 bilhões na estreia, mas como não demonstrou lucro, isso pode ter afetado o valor.
Durante a sua estreia, a chinesa chegou na marca de US$ 9,44 por ação, mas desde 10 de outubro não ultrapassou US$ 8,16. O último fechamento da empresa ficou com US$ 6,63 de capitalização do mercado (com valor 40% abaixo, em US$ 35,05 bilhões).
De fato, o enorme interesse nas duas gigantes elevaram muito o valor de mercado delas, mas no momento as esperanças estão enfraquecendo. E elas não são as duas empresas chinesas com números abaixo do esperado. A seguir, algumas chinesas que estão lutando para manter o valor das ações igual ao do primeiro dia de IPO.
Qutoutiao (NASDAQ)
O Qutoutiao é um aplicativo de notícias da Tencent, cujo nome significa “manchetes divertidas”. Ele alegou ser o segundo maior agregador de conteúdo móvel na China. Seus principais concorrentes são Jinri Toutiao, o principal agregador de notícias da China, o Kuaibao – também da Tencent – e Yidianzixun.
Valor da ação no IPO: US$ 7,00
Máxima histórica: US$ 20,39
Último fechamento: US$ 5,20
Mudança percentual: -25,7% do preço de IPO (-74,5% da máxima)
Pinduoduo (NASDAQ)
Como o Taobao da Alibaba e o rival JD.com, o Pinduoduo é uma plataforma de e-commerce que oferece uma ampla gama de produtos e serviços, desde mantimentos diários, até eletrodomésticos. A grande sacada do Pinduoduo está na integração dos componentes sociais no tradicional processo de compras online, que a empresa descreve como o modelo de “compra de equipe”. Conheça mais sobre a Pinduoduo!
Valor da ação no IPO: US$ 19
Máxima histórica: US$ 30,48
Último fechamento: US$ 17,20
Mudança percentual: -9,5% do preço de IPO (-44.2% da máxima)
NIO (NYSE)
A NIO é uma empresa chinesa que cria e desenvolve carros autônomos elétricos, também apontada como uma possível concorrente da Tesla para o futuro.
Valor da ação no IPO: US$ 6,26
Máxima histórica: US$ 13,80
Último fechamento: US$ 5,95
Mudança percentual: -5% do preço de IPO (-56.9% da máxima)
X Financial (NYSE)
A X Financial é uma fintech que busca fornecer serviços financeiros pessoais.
Valor da ação no IPO: US$ 9,50
Máxima histórica: US$ 20,30
Último fechamento: US$ 7,53
Mudança percentual: -20,7% do preço de IPO (-63% da máxima)
O motivo exato do porquê isso está acontecendo não está claro, mas parece ser um indicativo que o mercado de investimentos chinês como um todo não está em um momento muito encorajador. De toda forma, ainda é importante deixar claro que há interesse em startups chinesas, como é o caso da Bytedance, que levantou uma rodada de investimento pelo Softbank, KKR & Co, General Atlantic e Primavera Capital e levou o valor de mercado dela para US$ 75 bilhões, ultrapassando a Uber em US$ 3 bilhões e se tornando a startup privada mais valiosa do mundo.

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