Alibaba investe em serviços locais à medida que pressão por internacionalização cresce
Por Lucas Bicudo
24 de agosto de 2018 às 16:41 - Atualizado há 3 anos

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O Alibaba Group está de olho em serviços locais sob demanda. Analistas preveem um forte crescimento a longo prazo para a empresa, graças à inclusão da unidade de fornecimento de alimentos Ele.me em seu core business, que incluem as plataformas de varejo online Taobao Marketplace e Tmall. Só essas duas representam cerca de 85% da receita do grupo.
“Acreditamos que a Alibaba está construindo um ecossistema mais forte, com a Ele.me como um ativo estratégico para expandir seus negócios de varejo offline e penetrar no segmento de bens de consumo online”, escreveu Mae Huang, analista da SWS Research, em um relatório.
A Alibaba completou a aquisição da Ele.me em abril deste ano, com um acordo de US$ 9,5 bilhões. A empresa planeja aumentar os investimentos nas operações da plataforma, em meio a concorrência da Meituan-Dianping, que é investida pela Tencent.
No mês passado, a Ele.me anunciou um investimento de 3 bilhões de yuans para fornecer subsídios e outros incentivos aos seus usuários. A empresa, sediada em Shanghai, pretende conquistar pelo menos 50% do mercado de entrega de alimentos no curto prazo. Ela também visa expandir seus negócios para outros serviços sob demanda, potencialmente entregando itens como flores e medicamentos sem receita.
No início deste mês, a Ele.me anunciou uma parceria com a Starbucks para começar a operar serviços de entrega em importantes zonas comerciais de Beijing e Shanghai. Os planos são implementar esse serviço em mais de 2 mil lojas, através de 30 cidades chinesas até o fim do ano.
“A Alibaba parece estar cinco, dez ou até vinte anos à frente”, disse Shaun Rein, diretor-gerente do China Market Research Group e autor do livro The War for China’s Wallet: Lucrando com a Nova Ordem Mundial. “Se pretende se tornar um player global, a Alibaba precisa expandir seus negócios para outras regiões rapidamente, assim como o que está fazendo no sudeste da Ásia”.
Juntamente com a expansão no exterior, a iniciativa da Alibaba para serviços locais sob demanda ajudaria a dar maior impulso à estratégia do “Novo Varejo“.
“Esperamos que a Alibaba continue investindo no Novo Varejo, expansão no exterior e em recursos projetados para melhorar a experiência do usuário”, analisaram Ronnie Ho e Cheng Xing, da CCB International, em um relatório.
Essa expansão, no entanto, teve um custo de margens menores para as principais operações de comércio, que devem cair nos próximos anos. A Alibaba estabeleceu uma meta de atingir US$ 1 trilhão em volume de mercadorias brutas (GMV) até o ano fiscal de 2020. O GMV é uma métrica utilizada pelas empresas de comércio eletrônico para medir o total de vendas transacionadas por meio de suas plataformas.
As despesas de curto prazo da empresa – incluindo 1,6 bilhão de yuans para os direitos de transmissão ao vivo da subsidiária Youku Tudou e taxas de banda larga maiores para a Copa do Mundo deste ano – terão impacto sobre suas margens, segundo uma pesquisa dos analistas Martin Bao e Vicky Wu da ICBC.
Nos últimos anos, a Alibaba investiu bilhões em várias operações de varejo online e físico na China, incluindo o Suning Commerce Group, o Intime Retail Group, o Sanjiang Shopping Club, o Lianhua Supermarket, o Sun Art Retail Group e seus própria cadeia de supermercados Hema.
No sudeste da Ásia, a Alibaba apostou na subsidiária de e-commerce Lazada, de Cingapura, para estender as operações do grupo em uma região de 11 países (com uma população total de 653,4 milhões, dos quais cerca de 49% vivem em áreas urbanas, segundo estimativas das Nações Unidas).
O impulso para o crescimento no exterior e a diversificação nas atividades comerciais da Alibaba se tornarão cada vez mais pauta. Atualmente, a China responde por cerca de 70,5% de sua receita total, liderada pelas receitas de gestão de clientes e comissões. A Alibaba está tentando transplantar para o exterior o modelo de negócio que refinou o mercado de internet da China, atualmente com 802 milhões de usuários ativos.
O tamanho é importante na internet, por causa do chamado efeito de rede, em que a adição de usuários aumenta o valor do produto ou serviço que está sendo consumido. O crescimento do mercado online da segunda maior economia do mundo permitiu que as empresas de internet Baidu, Alibaba e Tencent atingissem uma escala sem precedentes.
Essas três empresas, conhecidas coletivamente sob a sigla BAT, expandiram além de seus negócios iniciais para dominar quase todos os aspectos da indústria de internet da China. Além disso, também buscaram oportunidades de investimento além da China: são mais de 150 empresas estrangeiras aportadas pela trinca, segundo South China Morning Post.
O trio agora comanda uma avaliação de mercado combinada superior a US$ 1 trilhão.
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(via South China Morning Post)

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