De commodities a startups: conheça as 5 fases do investimento chinês no Brasil

Por José Eduardo Costa
1 de outubro de 2019 às 11:44 - Atualizado há 3 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
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Nos últimos dez anos, os chineses investiram quase US$ 60 bilhões no Brasil, segundo levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China. Até 2010, esses investimentos foram caracterizados por aquisições em empresas de matérias-primas como minério de ferro e petróleo. Mas desde 2018, os investidores chineses têm mostrado maior apetite pelas startups brasileiras.
O Brasil teve o seu primeiro unicórnio, startup avaliada em pelo menos US$ 1 bilhão, após o aporte da chinesa DiDi Chuxing na 99 em janeiro de 2018. Mais recentemente, a Tencent investiu US$ 180 milhões no Nubank e o Alibaba aplicou US$ 100 milhões na Stone.
Segundo In Hsieh, cofundador do Chinnovation, plataforma de apoio a empreendedores interessados em fazer negócios na China, o país asiático pode mudar o ambiente brasileiro de inovação. Seja por meio dos aportes em startups, seja por meio de investimentos diretos como foi o caso da abertura da AliExpress, em Curtiba.
Empresas chinesas como Bytedance, que é a dona da rede social TikTok, e a Nimo TV, um serviço de transmissão em vídeo de e-sports, já operam no Brasil.
As novas oportunidades de investimento dos chineses no Brasil, no entanto, poderão vir da velha economia, nas concessões de estradas federais e estaduais, e no setor de energia renovável.
As 5 fases do investimento chinês no Brasil
Fase 1: Até 2010, é caracterizada pelos investimentos em matérias-primas como minério de ferro e petróleo. Exemplo: a compra de 40% das operações no Brasil da espanhola Repsol por US$ 1,7 bilhão, em 2010.
Fase 2: De 2010 a 2013, quando os chineses passaram a investir principalmente em bens de capital e bens de consumo. Exemplo: anúncio da primeira fábrica da montadora Chery no Brasil, um investimento de US$ 500 milhões.
Fase 3: De 2013 a 2014, é marcada pelos investimentos em serviços financeiros. Exemplo: a compra de 72% do BicBanco pelo China Construction Bank por R$ 1,6 bilhão, em 2013.
Fase 4: De 2014 até 2018. Quando os chineses investiram em infraestrutura. Exemplo: a compra de 54,6% da CPFL Energia pela State Grid, maior empresa do setor elétrico do mundo, por R$ 14 bilhões, em 2017.
Fase 5: De 2018 até o presente, com o foco dos chineses nas startups digitais. Exemplo: a aquisição da 99 pela Didi Chuxing, por US$ 600 milhões, em janeiro de 2018.

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