Grandes corporações de educação: oportunidade e risco para as edtechs

Por Tainá Freitas
24 de dezembro de 2018 às 14:19 - Atualizado há 2 anos
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Você já pensou nas maiores diferenças no ensino e na experiência de estar na escola hoje e há 30 anos? As mudanças são muitas, inclusive do ponto de vista tecnológico.
Hoje, o boletim de notas de papel está sendo substituído por um online no portal da escola. As agendas físicas que antes eram o meio de comunicação entre pais e alunos dão lugar a agendas virtuais.
Agendas virtuais que permitem inclusive que relatórios sejam feitos todos os dias sobre o desempenho do aluno da escola, anotando desde as refeições consumidas até as lições que devem ser realizadas.
As edtechs são grandes responsáveis por esse novo cenário. Já a implantação se deve, geralmente, aos grandes grupos educacionais que estão abertos para inovar.
Esse é o caso da Ânima Educação, por exemplo. Criado em 2003, o grupo possui mais de 30 instituições acadêmicas, entre universidades e escolas de direito e gastronomia. Como costuma acontecer, a Ânima Educação passou a colaborar com startups por acreditar em uma mudança iminente no mercado.
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Transformação digital
“O que aconteceu na mudança da mídia fonográfica para a internet vai acontecer na educação, com a inteligência artificial, aumentada e virtual. Você tem uma estrutura aqui que fará uma enorme disrupção em um dos setores mais tradicionais da sociedade”, afirma Daniel Castanho, presidente da Ânima Educação. “As universidades vão perder relevância e terão que se reinventar de maneira muito profunda”.
A Ânima Educação já começou a mudar, apostando nas startups para fazê-lo. “Temos feito diferença para o ecossistema principalmente pela propensão a rodar pilotos pagos. Tem escola que se prontifica a trabalhar com startups de ‘maneira leonina’, sem pagar, e as startups não têm fôlego para trabalhar com processos não-pagos”, comenta Bruno Machado, diretor de Transformação Digital do grupo.
Um exemplo é a colaboração com a Geekie, plataforma de educação online que busca o ensino personalizado. “Fomos a primeira instituição do ensino superior a fazer algum projeto com eles. Eles tinham uma solução para o treinamento do ENEM nas escolas, nos propusemos a fazer projetos juntos e depois eles venderam esse projeto para outras universidades”, conta Machado.
Outros trabalhos foram desenvolvidos em diversos segmentos – desde uma plataforma web para ensino com a QMágico, técnicas de aprendizagem para o mercado de trabalho com a Tamboro e até investimento na maior formação de professores, com a Kanttum.
Desempenho online
Hoje, até mesmo as provas – símbolo do ensino básico, médio e superior até hoje – podem ser impactadas pelo meio digital. Uma das parcerias realizadas pela Ânima Educação foi com o AppProva. A plataforma de avaliação permite que os pontos fortes e fracos dos alunos sejam identificados pela instituição de ensino. Além disso, traz questões que podem ser corrigidas automaticamente, reduzindo a carga de trabalho dos professores.
“Ainda que tenhamos desenvolvido produtos junto com startups, nunca foi de nosso interesse nos tornar sócios. Isso prejudicaria as startups comercialmente – os concorrentes não comprariam soluções da própria Ânima”, disse o diretor de Transformação Digital.
Se para as startups a iniciativa de trabalhar com grandes corporações pode ser benéfica, a recíproca é verdadeira. “É um mercado promissor, o país é carente de inovações em educação e as startups são imprescindíveis para acelerar a transformação da educação que precisamos passar”, comentou Bruno Machado.
Ele também contou um pouco da experiência da própria Ânima. “Melhorou os nossos índices de qualidade e retenção de alunos. Se você oferece um nivelamento, aqueles alunos ingressantes que poderiam ter deixado a escola por não avançar tecnicamente, eles ficaram conosco”.
E os professores?
Se em algumas instituições de ensino os celulares e computadores devem ficar nas mochilas ou até mesmo fora das salas de aula, em outros locais os equipamentos fazem parte das aulas.
Esse movimento começou a mudar quando a tecnologia e a internet começaram a ser utilizados para estimular o conhecimento e promover a integração entre pais, alunos e professores.
“Toda vez que uma iniciativa vai além da tecnologia em si e tem o propósito claro de ajudar os alunos, os professores têm sido receptivos. O que eles não gostam é de ‘pirotecnia’ na tecnologia, fazer algo raso sem clareza do propósito”, esclarece o Diretor de Tecnologia da Ânima Educação.
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