Vez do rádio? Spotify quer transformar programas em podcast

Por Tainá Freitas

Investir em programas de rádio ou podcasts? Agora, o Spotify deseja que as empresas e anunciantes não tenham mais que fazer essa escolha.

A companhia adquiriu a Whooshkaa, uma startup australiana que oferece broadcast-to-podcast. Na prática, a plataforma permite que os criadores de conteúdo transformem áudios já gravados – como programas de rádio – em podcasts. Além disso, a Whooshka também oferece uma plataforma completa para criação, armazenamento, distribuição e monetização dos programas.

Esse é o terceiro passo da estratégia de áudio do Spotify. A companhia nasceu como um streaming de música, mas passou a investir em podcasts – e adquiriu as empresas Anchor, Megaphone, Podz, entre outras, no meio do caminho. A compra fortalece que uma nova vertical de produtos esteja disponível em sua plataforma – bem como uma nova fonte de publicidade.

“Acreditamos que o potencial de crescimento mundial para o áudio digital ainda não foi explorado. Por meio da adição dessas novas ferramentas, bem como da equipe inovadora por trás delas, estamos reforçando nosso compromisso em ajudar criadores, editores e anunciantes a perceber o valor desta oportunidade”, disse Dawn Ostroff, Chief Content & Advertising Business Officer do Spotify, no anúncio.

POR QUE ISSO É IMPORTANTE?

Embora o rádio esteja sendo impactado pelo streaming de áudio e podcasts, ainda é um mercado super relevante – e o Spotify está reconhecendo e abraçando isso. Em 2020, o setor global de anúncios em rádio foi avaliado em US$ 38,1 bilhões, segundo pesquisa da Research and Markets.

O Spotify está mostrando que quer manter sua posição como o maior streaming de áudio – e não tem receio de se arriscar para isso. No início de 2021, quando o Clubhouse surgiu, trazendo um grande impacto no setor de áudio, a companhia passou a criar uma ferramenta equivalente: o Greenroom. Agora, faz o caminho inverso, trazendo um formato já consolidado para dentro da plataforma.

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