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Deliveroo viu suas ações despencarem 30% em um dia. A empresa foi vítima do efeito Uber?
Deliveroo (foto: Getty)
Por Alberto Cataldi
A expectativa era alta para a estreia da startup de entregas Deliveroo na bolsa de Londres (LSE). A empresa viu seus negócios saltarem durante a pandemia em 2020 e o IPO seria o primeiro de uma Big Tech no trade londrino. Mas a história não foi bem essa. Envolvida em discussões sobre direitos trabalhistas, a empresa viu suas ações despencarem 30% de valor.
A Deliveroo tem a Amazon como sócia, que investiu US$ 575 milhões para adquirir 16% da startup em 2019. O Reino Unido autorizou a movimentação em agosto de 2020. Desde então, a chegada do IPO era vista como um momento histórico para o mercado europeu.
MONTANHA RUSSA
Com um evaluation privado de £ 7,6 bilhões (cerca de US$ 10,4 bilhões), cada papel da Deliveoo foi avaliado em £ 3,90. Quando o mercado abriu, o valor já estava em £ 3,31 – 15% a menos. No fim do dia, as ações chegaram a £ 1,87 – 44% a menos que a avaliação inicial e quase 30% de queda em relação a abertura do mercado. A empresa viu seu valor cair em £ 2 bilhões (US$ 2,7 bilhões) em menos de 24 horas.
Will Shu, fundador e CEO da Deliveroo, não se mostrou (publicamente) abalado pelo desempenho. "Estou muito orgulhoso que a Deliveroo esteja indo a público em Londres, nossa casa. Ao chegarmos nesse marco, eu quero agradecer a todos que ajudaram a construir a Deliveroo na companhia que é hoje. Em particular aos restaurantes e supermercados, entregadores e clientes. Nessa nova fase de nossa jornada como uma companhia pública, nós continuaremos investindo em inovações que ajudem restaurantes e mercados a crescerem seus negócios, a levar aos clientes mais escolhas do que antes e a oferecer aos entregadores mais trabalho. Nossa meta é construir a companhia online de alimentos definitiva e nós estamos ansiosos com o futuro˜, declarou.
Embora a Deliveroo tenha sido afetada por uma tendência de queda da bolsa de Londres, o maior impacto foi causado pelo sua relação com os entregadores, que trabalham com bicicletas para entrega de alimentos. A empresa foi alvo de diversas reportagens no último ano que revelaram que o pagamento dos courriers da empresa é menor do que o salário mínimo por hora do país.
Além disso, uma decisão recente da justiça do Reino Unido classificou mais de 70 mil motoristas da Uber no país como empregados da empresa, o que exige o pagamento de benefícios. Um dos receios para os grandes investidores é que o movimento comece a afetar outras companhias com modelos de trabalho semelhantes.
Com tanta agitação em apenas um dia, algumas coisas já estão ficando claras no horizonte: a vontade do governo do Reino Unido de atrair mais empresas tech para a região e para a LSE recebeu um golpe forte. Principalmente pela incerteza dos próximos movimentos legislativos em relação aos novos modelos de trabalho que possam dar mais segurança para grandes investidores.
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