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Depois do pico e do vale: o que 2023 reserva para as startups?

2021 foi o melhor ano para as startups, já em 2022, no acumulado do ano, o volume de investimentos caiu 45%. Entre o pico e o vale, o que esperar de 2023?

Depois do pico e do vale: o que 2023 reserva para as startups?

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8 min

10 jan 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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O mercado latino-americano até tentou repetir em 2022 o sucesso de 2021. Nos primeiros 6 meses, os investimentos somaram cerca de R$ 3,6 bilhões. Acontece que, depois disso, o mercado praticamente congelou. Em agosto, por exemplo, foi registrado um volume de investimentos 80% inferior comparado ao mesmo mês de 2021 (de US$ 880,3 milhões para US$ 174,2 milhões).

No acumulado do ano, segundo um levantamento da LexLatin, os investimentos foram 45% menores. Os motivos que levaram à essa queda foram vários: inseguranças causadas por conflitos armados na Europa, inflação, incertezas políticas, entre outros. Os investidores ficaram mais cautelosos e muito mais criteriosos com seus investimentos de maior risco.

Mas a desaceleração só acontece quando comparamos com 2021, que foi o ano mais atípico para o ecossistema de inovação no mundo todo. As startups ainda levantaram um volume maior em 2022 do que em 2020, por exemplo. 

Pico de 2021, vale de 2022

De acordo com diversos especialistas, o ano deve iniciar lento, mas terminará muito melhor que o ano que passou. Para Juliana Strohl, líder de jurídico e compliance da Kamino, mudanças legislativas, como o Marco Cambial que entrou em vigor em 31 de dezembro, podem ter impacto direto na retomada das rodadas de investimentos.

“O interesse de fundos estrangeiros por entidades brasileiras já acontece há algum tempo. O marco cambial poderá, portanto, favorecer ainda mais os investimentos externos”, escreveu em artigo para a Startups. “A reforma cambial facilitará a entrada de investimento estrangeiro no País, abertura de contas em dólar, entre outros aspectos importantes que contribuem para facilitar as próximas rodadas”.

Listamos alguns movimentos que são esperados para 2023:

1. M&As devem continuar em alta

De acordo com levantamento feito pela Bain & Company, os M&As devem continuar no mesmo ritmo, movimentando US$ 4,7 trilhões até dezembro. Gupy, Sólides e Superlógica são startups com dinheiro em caixa, que já anunciaram que estão “às compras”. 

Mais pro CVC, grandes empresas devem fazer movimentos mais pontuais para reforçarem suas posições em segmentos em que já atuam.

2. Processos internos e modelo de trabalho

Depois da quantidade layoffs que aconteceram ano passado, investir em tecnologia e automação interna será uma maneira de reduzir custos e tornar os times cada vez mais eficientes. Afinal, os times também ficaram mais escassos, e as empresas terão de tomar medidas para continuarem funcionando.

Nisso, o modelo de trabalho continuará a gerar discussões. Em 2020, o trabalho foi remoto. Em 2021, funcionários preferiram abrir mão dos seus empregos do que voltar aos escritórios. 2022, aconteceram as demissões em massa, como já mencionado. 2023, por fim, inicia sem respostas sobre qual o melhor modelo para garantir o futuro do trabalho.

Algumas movimentações já foram feitas. Em maio do ano passado, por exemplo, o Airbnb liberou seus funcionários para trabalharem de onde quiserem sem que isso afete as suas remunerações. Já a Apple, Meta e Google foram algumas das empresas que decidiram pela volta aos escritórios, mesmo que de forma híbrida. 

Outras empresas deram fins de semana de 3 dias para seus colaboradores, como a Microsoft, no Japão, e a Unilever, na Nova Zelândia (em 2022 muito se falou sobre a mudança da semana de trabalho de 5 para 4 dias).

Mas, independente de quantos dias, de casa ou do escritório, em 2023, as empresas terão que encontrar uma maneira de atender os anseios dos seus colaboradores, enquanto fazem com que eles entreguem mais e melhor (em um momento em que os índices de produtividade estão em queda).

3. Crédito como alternativa

O venture debt é uma modalidade ainda pouco utilizada pelas startups brasileiras, mas nos Estados Unidos esse mercado chega a representar cerca de 20% a 25% da fonte de captação de recursos de empresas que se financiam através de instituições de capital de risco.

Em 2023, o modelo ainda não terá um grande salto por aqui, mas alguns especialistas acreditam que ele aparecerá mais frequentemente como complemento do cheque de rodadas, especialmente das séries A e B.

Um exemplo de startup que utilizou esse modelo foi a Umbler, que, em julho do ano passado, levantou R$ 10 milhões com a Brasil Venture Debt (BVD) para acelerar o crescimento da sua solução de atendimento. Em 2020, a Umbler levantou sua primeira rodada de investimentos via Captable, no valor de R$ 1 milhão.

4. Sem unicórnios e IPOs

A Neon e a Dock foram as únicas startups brasileiras a atingirem o status de unicórnio em 2022. No ano passado, foram oito.

E as expectativas para esse ano não são boas para os unicórnios – nem para os IPOs. A Dock, inclusive, demitiu porque precisou desistir do IPO que já estava engatilhado.

Por que importa?

Depois de um 2021 “barato” e abundante, em 2022 os investidores tiraram o pé do acelerador. Essa desaceleração gerou ondas de choque por todo o setor de tecnologia: queda do valor das empresas bolsas afora, demissões em massa e “caça aos unicórnios” perdendo lugar para “caça à lucratividade".

Os investidores mandaram o recado: querem resultados sustentáveis, dinheiro em caixa e empreendedores “vida real”.

Nisso, as grandes beneficiadas continuarão as startups mais iniciais, que já enfrentam escassez maior de capital, aceitam cheques menores e ganharam a oportunidade de construir seus modelos de negócio já pensando no momento atual.

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Juliana Irala é produtora de conteúdo na Captable, plataforma de investimentos da StartSe, que conecta mais de 7 mil investidores a negócios inovadores. Formada em Jornalismo pela ESPM, tem mais de 4 anos de experiência em produção de conteúdo textual e audiovisual.

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