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Oracle: a lição bilionária de quem aprendeu a vender o futuro

A contradição que virou manchete

Oracle: a lição bilionária de quem aprendeu a vender o futuro

Divulgação

, redator(a) da StartSe

6 min

11 set 2025

Atualizado: 11 set 2025

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A Oracle divulgou resultados abaixo do esperado: receita de US$ 14,93 bilhões (vs. US$ 15,04 bi esperados) e lucro por ação de US$ 1,47 (um centavo abaixo da projeção). Além disso, vinha de um layoff de 3 mil pessoas, em um ciclo de cortes que já durava meses.

Pela lógica convencional, as ações deveriam cair.

Em vez disso, subiram quase 40% em um único dia.

A mensagem do mercado é clara: não são mais os números de ontem que ditam o valor de uma companhia, mas os contratos e a visão que ela constrói para o amanhã.

O que os números realmente revelam

O fator decisivo foi o RPO (Remaining Performance Obligation) — receita já contratada, mas ainda não contabilizada.

  • Crescimento de +359%, chegando a US$ 455 bilhões.
     
  • Projeção de ultrapassar US$ 500 bilhões nos próximos meses.
     
  • Receita de cloud subindo 55% ano a ano, já em US$ 3,3 bi.
     

Isso significa que a Oracle travou demanda futura em escala histórica, com contratos bilionários já assinados. O mercado não comprou seu presente — comprou sua capacidade de ser a espinha dorsal da IA corporativa.

O movimento estratégico por trás da alta

A Oracle consolidou um posicionamento que vai além de “vender nuvem”:

  • Infraestrutura para IA: contratos com OpenAI, xAI, Meta, Nvidia e AMD a colocam no centro da revolução.
     
  • Plataforma multi-cloud e multi-IA: clientes podem rodar qualquer LLM, sem risco de lock-in tecnológico.
     
  • Posicionamento de longo prazo: a meta é saltar de US$ 32 bi em receita até 2027 para US$ 144 bilhões até 2029.
     
  • Narrativa de futuro: a Oracle está vendendo não o que ela é hoje, mas o que será nos próximos 5 a 10 anos.
     

Esse é o ponto-chave: quando a narrativa de futuro é forte e sustentada por contratos reais, o mercado responde antes mesmo da execução plena.

O efeito Ellison: símbolo do novo jogo

Larry Ellison, cofundador e maior acionista da Oracle, viu sua fortuna aumentar US$ 101 bilhões em horas, chegando a US$ 393 bilhões e ultrapassando Elon Musk como o homem mais rico do mundo por um dia.

Mais do que uma curiosidade de manchete, o episódio mostra que a riqueza hoje está em quem domina as bases do futuro: dados, nuvem e inteligência artificial.

Os aprendizados aplicáveis para líderes e conselhos

Pense em backlog, não só em receita
Empresas que travam contratos e compromissos de longo prazo reduzem volatilidade e constroem valuation sobre previsibilidade.

Venda plataforma, não produto
Oracle não vende apenas cloud, mas um ecossistema que integra dados, segurança e múltiplos modelos de IA. Isso gera dependência estratégica dos clientes.

Construa narrativas sólidas de futuro
Números decepcionaram, mas a história que a Oracle contou ao mercado — e respaldou em contratos — valeu mais do que o balanço.

Aceite os desconfortos de curto prazo
Layoffs e ajustes não foram bem-vistos, mas sinalizaram reorganização para priorizar o que realmente gera valor futuro: IA e cloud.

Coloque a liderança na linha de frente
Safra Catz e Larry Ellison não só divulgaram resultados, mas comunicaram uma visão: ser para a IA o que a Nvidia é para chips.

Mindset para executivos brasileiros

O caso Oracle mostra que ser reativo é sentença de morte. Empresas precisam adotar um mindset de:

  • Travar compromissos de longo prazo com clientes, fornecedores e ecossistemas.
     
  • Transformar infraestruturas invisíveis (dados, processos, tecnologia) em vantagem competitiva visível para o mercado.
     
  • Comunicar o futuro como ativo estratégico, não apenas reportar o presente.
     

O erro clássico de executivos e conselhos é confundir eficiência com visão. A eficiência otimiza o agora, mas é a visão que define o valuation do amanhã.

A Oracle não se tornou quase trilionária porque lucrou mais.

Ela se tornou quase trilionária porque mostrou ao mercado que será indispensável no futuro.

Executivos e conselhos precisam absorver essa lição:

O que vale bilhões hoje não é a perfeição do presente, mas a confiança que você será essencial amanhã.

Se você é executivo ou empresário, e quer entender como estruturar essa mentalidade de longo prazo para liderar no novo tabuleiro global, precisa estar no Executive Program da StartSe.

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