A contradição que virou manchete
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, redator(a) da StartSe
6 min
•
11 set 2025
•
Atualizado: 11 set 2025
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A Oracle divulgou resultados abaixo do esperado: receita de US$ 14,93 bilhões (vs. US$ 15,04 bi esperados) e lucro por ação de US$ 1,47 (um centavo abaixo da projeção). Além disso, vinha de um layoff de 3 mil pessoas, em um ciclo de cortes que já durava meses.
Pela lógica convencional, as ações deveriam cair.
Em vez disso, subiram quase 40% em um único dia.
A mensagem do mercado é clara: não são mais os números de ontem que ditam o valor de uma companhia, mas os contratos e a visão que ela constrói para o amanhã.
O fator decisivo foi o RPO (Remaining Performance Obligation) — receita já contratada, mas ainda não contabilizada.
Isso significa que a Oracle travou demanda futura em escala histórica, com contratos bilionários já assinados. O mercado não comprou seu presente — comprou sua capacidade de ser a espinha dorsal da IA corporativa.
A Oracle consolidou um posicionamento que vai além de “vender nuvem”:
Esse é o ponto-chave: quando a narrativa de futuro é forte e sustentada por contratos reais, o mercado responde antes mesmo da execução plena.
Larry Ellison, cofundador e maior acionista da Oracle, viu sua fortuna aumentar US$ 101 bilhões em horas, chegando a US$ 393 bilhões e ultrapassando Elon Musk como o homem mais rico do mundo por um dia.
Mais do que uma curiosidade de manchete, o episódio mostra que a riqueza hoje está em quem domina as bases do futuro: dados, nuvem e inteligência artificial.
Pense em backlog, não só em receita
Empresas que travam contratos e compromissos de longo prazo reduzem volatilidade e constroem valuation sobre previsibilidade.
Venda plataforma, não produto
Oracle não vende apenas cloud, mas um ecossistema que integra dados, segurança e múltiplos modelos de IA. Isso gera dependência estratégica dos clientes.
Construa narrativas sólidas de futuro
Números decepcionaram, mas a história que a Oracle contou ao mercado — e respaldou em contratos — valeu mais do que o balanço.
Aceite os desconfortos de curto prazo
Layoffs e ajustes não foram bem-vistos, mas sinalizaram reorganização para priorizar o que realmente gera valor futuro: IA e cloud.
Coloque a liderança na linha de frente
Safra Catz e Larry Ellison não só divulgaram resultados, mas comunicaram uma visão: ser para a IA o que a Nvidia é para chips.
O caso Oracle mostra que ser reativo é sentença de morte. Empresas precisam adotar um mindset de:
O erro clássico de executivos e conselhos é confundir eficiência com visão. A eficiência otimiza o agora, mas é a visão que define o valuation do amanhã.
A Oracle não se tornou quase trilionária porque lucrou mais.
Ela se tornou quase trilionária porque mostrou ao mercado que será indispensável no futuro.
O que vale bilhões hoje não é a perfeição do presente, mas a confiança que você será essencial amanhã.
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