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O que está por trás do movimento "traga a sua própria IA" para as empresas

O novo ciclo de inteligência artificial está transformando rapidamente o ambiente de trabalho. De acordo com a pesquisa Work Trend Index, 75% dos profissionais já utilizam plataformas de IA Generativa, muitas vezes sem diretrizes claras. Aqui vamos impactos dessa adoção espontânea e como as empresas podem maximizar seu potencial.

O que está por trás do movimento "traga a sua própria IA" para as empresas

Mulher mexendo no computador (Foto: Pexels)

, Jornalista

6 min

8 jul 2024

Atualizado: 9 ago 2024

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Os impactos do novo ciclo de inteligência artificial já podem ser observados em todas as pontas do ambiente de trabalho — e o ritmo de crescimento tende a ser cada vez mais exponencial.

De acordo com a última edição do relatório Work Trend Index, o uso de plataformas de IA Generativa dobrou nos últimos seis meses, atingindo cerca de 75% dos profissionais da indústria global de conhecimento.

Realizada pela Microsoft e pelo LinkedIn, a pesquisa tem como ponto central o crescimento espontâneo da tecnologia entre organizações de mais de 30 países.

O estudo aponta, por exemplo, que 78% dos funcionários de grandes empresas já estão aplicando livremente as ferramentas em suas rotinas de trabalho, sem qualquer tipo de política de governança ou direcionamento de suas lideranças.

Inspirada no antigo conceito de BYOD, no qual funcionários eram incentivados a trazer seus próprios dispositivos e gadgets para o escritório, a tendência foi batizada de BYOAI (traga a sua própria IA, na sigla em inglês).

As origens do movimento partem de uma premissa simples: muitas pessoas cansaram de esperar a definição de diretrizes e políticas de uso oficiais e passaram a incorporar as plataformas de sua escolha em suas tarefas diárias.

MODO SILENCIOSO

Os incentivos e os benefícios têm se mostrado evidentes para os colaboradores. Entre os os adeptos do BYOAI, 90% relatam vantagens de economia de tempo, enquanto 85% enxergam ganhos em aumento de concentração.

As melhorias de resultados em processos criativos, por sua vez, foram registradas entre 84% dos respondentes da pesquisa.

A ausência de regras claras sobre o uso de IA Generativa, no entanto, vem gerando um sentimento de insegurança entre as equipes: mais de 52% por cento dos colaboradores têm receio em admitir seu uso para seus gestores diretos, enquanto 53% acreditam que falar abertamente sobre o assunto pode fazer com que eles pareçam mais substituíveis.

Além de abrir brechas de segurança, a falta de transparência tende a bloquear o potencial de aplicações orientadas por objetivos estratégicos de negócios.

Uma realidade para a qual muitas empresas ainda precisam acordar: apenas 39% das organizações possuem alguma iniciativa de capacitação ou direcionamento para a utilização de plataformas de inteligência artificial.

COMO DESBLOQUEAR O POTENCIAL

O uso das plataformas de IA já é uma realidade nas empresas, independentemente da aprovação dos gestores ou da presença de mecanismos de governança. Para reduzir os pontos de fricção e explorar as oportunidades abertas por esse cenário, o estudo da Microsoft sugere uma estratégia baseada em três pilares-chave:

1-COMECE PELO PROBLEMA

Existem ganhos de eficiência a serem obtidos em todas as funções — a chave é escolher processos específicos para avaliar as vantagens do uso de IA. Agências de publicidade, por exemplo, podem começar essa jornada pela aplicação em processos criativos. Fabricantes de cosméticos, por sua vez, podem iniciar a jornada pelo desenvolvimento de novos produtos e melhorias na experiência do cliente.

2-TOP DOWN E BOTTOM UP

Passar da experimentação para a transformação requer engajamento em todos os níveis da organização. É fundamental estabelecer diretrizes claras e envolver a alta liderança para engajar equipes em torno da IA — e ajustar a estratégia geral de acordo com os feedbacks e resultados registrados pelos colaboradores.

3-INVISTA EM TREINAMENTO

Na maioria das vezes, usuários avançados de IA não atingem altos níveis de proficiência digital sozinhos — eles recebem treinamento contínuo, tanto em tarefas universais quanto em usos mais adequados às suas funções.

Leitura recomendada 

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Fundador da Casa 3163, content house especializada em negócios, inovação, tecnologia e empreendedorismo.

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