A medicina está prestes a viver uma revolução histórica impulsionada pela inteligência artificial. Demis Hassabis, CEO da DeepMind, acredita que todas as doenças humanas poderão ser curadas em até dez anos — uma previsão ousada, mas fundamentada em avanços concretos.
Um dos maiores marcos até agora foi o AlphaFold, sistema de IA que solucionou um desafio de 50 anos ao prever com precisão a estrutura de milhões de proteínas. Esse feito rendeu a Hassabis e ao pesquisador John Jumper o Prêmio Nobel de Química em 2024 e abriu novos caminhos para o desenvolvimento de medicamentos eficazes.
A IA também está acelerando drasticamente a descoberta de novos tratamentos. Enquanto o desenvolvimento tradicional de fármacos pode levar mais de uma década, tecnologias como a IA generativa já reduziram esse tempo para menos de dois anos em alguns casos.
Robôs equipados com IA realizam experimentos ininterruptamente em nuvem, aumentando a eficiência dos laboratórios e reduzindo custos. Além disso, a medicina personalizada está se tornando realidade, com tratamentos ajustados às características genéticas de cada paciente, prometendo mais eficácia e menos efeitos adversos.
Por que importa? Apesar do otimismo, os avanços trazem desafios éticos importantes, como a proteção de dados, acesso equitativo às tecnologias e a formação adequada dos profissionais de saúde. Ainda assim, estamos entrando em uma nova era em que a cura de doenças pode se tornar a norma, não a exceção. Como disse Hassabis, o maior desafio agora é permanecer saudável o suficiente para testemunhar — e se beneficiar — dessa transformação sem precedentes.