Se você tem filhos ainda crianças ou adolescentes, certamente um tema que interessa a você é: o que será do mercado de trabalho quando chegar a vez deles?

O debate sobre o futuro das profissões revela uma tensão crescente entre tradição e disrupção. Enquanto nos EUA apenas 35% da população considera a faculdade “muito importante”, no Brasil esse desejo ainda se mantém forte, mas enfrenta o obstáculo do acesso.

Essa discrepância expõe um paradoxo: ao mesmo tempo em que o diploma continua sendo um diferencial de renda (148% a mais em média), ele já não garante empregabilidade ou ascensão profissional, como acontecia no passado.

No nosso tempo (sim, somos do time dos "velhos"), havia um caminho claro de progressão de carreira: estudo, estágio, diploma, experiências iniciais, consolidação da carreira. Era essa a sequência temporal lógica.

Só que tudo mudou.

Acelerado pela tecnologia. E, claro, pela inteligência artificial.

Os dados e a robótica estão reformulando a lógica das carreiras, exigindo novas competências que vão muito além das habilidades técnicas aprendidas em sala de aula.

O mercado exige cada vez mais, de nós - os velhos - e deles, os mais jovens, habilidades adaptativas, resiliência e a capacidade de aprender de forma autônoma em ambientes em constante transformação.

Olha esse dado com atenção: 65% das crianças que hoje entram na escola irão trabalhar em profissões que ainda não existem. Essa projeção foi feita no Fórum Econômico Mundial.

Ela serve de alerta vermelho para pais, educadores e empresas. Em vez de preparar jovens para “carreiras seguras” que já perderam estabilidade, é necessário desenvolver competências que permitam navegar na incerteza.

Para quem já está no mercado de trabalho, o recado é claro: o investimento em educação, seja para si, para seus filhos ou para as equipes de trabalho, precisa focar em uma estratégia de aprendizagem contínua.

Quem compreender isso conseguirá, com mais habilidade, sobreviver às transformações. E quem encarar isso como uma nova realidade terá a oportunidade de liderar um futuro que (ainda) não existe.

Nós preparamos este artigo que aprofunda esse tema e faz um convite imperdível para um papo gratuito sobre carreiras do futuro. Repetindo: se você é pai ou mãe, vai cair feito uma luva para você e seus filhos.

Quem duvida da ambição de um bilionário? Larry Ellison, o fundador da Oracle, tem um novo sonho grande.

Com o investimento de 1 bilhão de libras no Ellison Institute of Technology (EIT), ele quer transforma Oxford (Inglaterra) — um centro acadêmico histórico — em potencial protagonista da inovação global.

O projeto, previsto para 2027, vai além de prédios futuristas: pretende redesenhar a forma como ciência, mercado e sociedade interagem.

Trata-se de uma aposta ousada de que o futuro da inovação não estará apenas no Vale do Silício, mas poderá ser descentralizado e globalizado.

O modelo é claro: ciência aplicada para resolver problemas globais, conectando academia, empresas e capital privado.

Há também uma dimensão estratégica na escolha de Oxford como epicentro do projeto. Ao recrutar talentos diretamente da universidade e oferecer bolsas internacionais, Ellison não apenas amplia sua rede de cérebros, mas também consolida influência em um território historicamente associado à elite acadêmica mundial.

Essa movimentação reforça a tendência de “geopolítica da inovação”, em que grandes empresários não se limitam a criar empresas, mas constroem ecossistemas capazes de rivalizar com países e blocos econômicos em termos de poder científico e tecnológico.

E o que a ideia de um bilionário e um novo Vale do Silício tem a ver com você?

Bem, o Brasil também tem modelos semelhantes de centros de formação em tecnologia criado por empresários. Eles querem formar a nova - e futura - mão de obra.    

No Rio Grande do Sul está aprovada a construção do Instituto de Tecnologia e Computação (Itec). Ele terá aporte de R$400 milhões, com projeto idealizado por empresários e viés filantrópico. Com graduação em Ciência da Computação, o Itec terá ensino imersivo com residência no campus (nos melhores moldes das principais universidades do mundo) e uma área de mais de 20 hectares. A proposta do Itec é dedicar 70% do orçamento à concessão de bolsas de estudos, integrais ou parciais. 

Dos sócios do BTG Pactual surgiu o Inteli, em 2021. Justamente para suprir uma demanda de mercado por profissionais de tecnologia. Seus fundadores não criaram para lucro, mas para impacto no ecossistema de talentos digitais no Brasil.

Leia mais detalhes sobre o projeto de Larry Ellison aqui.