Nokia cria áreas dedicadas a Inteligência Artificial e Desenvolvimento Corporativo em nova reestruturação

A Nokia anunciou uma reestruturação estratégica que marca um novo capítulo em sua trajetória. A companhia finlandesa vai criar duas novas divisões globais: a Technology and AI Organization (TAO) e a Corporate Development Organization (CDO). A medida entra em vigor em 1º de outubro de 2025 e já repercutiu em veículos internacionais como Wall Street Journal, Fierce Wireless e TelecomTV, além do site oficial da própria empresa.

O que muda na prática

Segundo a Nokia (nokia.com), a nova estrutura terá duas frentes:

• Technology and AI Organization (TAO): unifica esforços em pesquisa, inovação, Bell Labs, segurança e desenvolvimento de produtos com foco em inteligência artificial.
• Corporate Development Organization (CDO): foca em parcerias estratégicas, fusões e aquisições, investimentos e expansão corporativa.

A TAO será liderada por Pallavi Mahajan, ex-executiva da Intel, que assume o cargo de Chief Technology & AI Officer — um movimento que reforça a importância da IA no futuro da empresa. Já o CDO ficará sob responsabilidade de Pekka Lundmark, CEO da Nokia, até a nomeação de um novo líder. (fiercewireless.com)

O que está por trás dessa mudança

A decisão surge em um momento em que a Nokia enfrenta queda de receita no negócio tradicional de redes e equipamentos, enquanto precisa acelerar sua presença em áreas de maior valor agregado.

O Wall Street Journal destaca que a criação dessas áreas é resposta direta ao cenário competitivo, onde IA e inovação corporativa já são fatores centrais de diferenciação. (wsj.com)

Segundo a TelecomTV, a reorganização também busca aumentar a agilidade da companhia diante de mudanças rápidas no setor, fortalecendo tanto sua capacidade de desenvolver tecnologias disruptivas quanto de explorar novos modelos de negócio. (telecomtv.com)

O que isso significa para líderes e empresas

1. IA como eixo estratégico: não é mais um projeto lateral — está sendo elevada a nível organizacional, com diretoria própria.
2. Corporate development como motor de inovação: fusões, parcerias e aquisições passam a ser vistas como centrais, e não acessórios.
3. Resposta à disrupção: grandes players tradicionais precisam se reorganizar para competir com startups nativas digitais e empresas que já nasceram na lógica da IA.
4. O papel do talento: a nomeação de uma executiva com experiência em data centers e cloud mostra a importância de trazer lideranças vindas de outros setores para acelerar a curva de aprendizado.
    

Conclusão

A Nokia sinaliza que sua sobrevivência e reinvenção dependem de apostar pesado em IA e inovação corporativa. Para executivos e líderes empresariais, o recado é claro: não basta mais falar em transformação digital, é preciso reorganizar estruturas inteiras para dar protagonismo à inteligência artificial.

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