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Crescer ou lucrar? Entenda os próximos passos da Natura após venda da Aesop para L’Oréal

A Natura fez uma escolha difícil ao vender a Aesop, sua marca de cosméticos de luxo. Entenda o porquê e os próximos passos da companhia

Crescer ou lucrar? Entenda os próximos passos da Natura após venda da Aesop para L’Oréal

Natura (Foto: Divulgação Natura)

, jornalista da StartSe

5 min

5 abr 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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A Natura&Co vendeu a Aesop, marca australiana de cosméticos, por US$ 2,5 bilhões a L’Oréal. Em troca, o valor da venda também traz equilíbrio para suas finanças. Agora, o grupo possui apenas a própria Natura, Avon e The Body Shop no portfólio de marcas.

 

POR QUE A NATURA VENDEU A AESOP?

A Natura adquiriu 65% da Aesop ao fim de 2012, por aproximadamente US$ 70 milhões. A Aesop é uma marca de cosméticos de luxo com visual minimalista e formulação focada em botânicos e na ciência.

A empresa brasileira teve um bom desempenho com a marca australiana em seu portfólio. Por aqui, possui uma loja física na Rua Oscar Freire, em São Paulo, que se destaca pelo design e projeto arquitetônico diferenciado.

Mas a expansão vai além do espaço físico: a Natura&Co cresceu 20 vezes as vendas da Aesop ao longo dos dez anos, aumentando a presença da marca de 8 para 29 mercados. Uma das expansões mais recentes é gigante: a China.

Mas por que a Natura vendeu uma marca em crescimento?

Como já havia dado o spoiler lá em cima, a Natura precisava encontrar um equilíbrio para suas finanças. Esse era um dos grandes objetivos para 2023 pois a empresa acumulava uma dívida bruta de R$ 13,4 bilhões. Na conversão, o valor de venda da Aesop cobre quase toda a dívida (R$ 12,8 bilhões).

Para Fabio Barbosa, CEO da Natura&Co, a venda da Aesop foi um ativo que foi monetizado pois eles precisavam sair dos juros que estavam enfrentando. Agora, com essa desalavancagem, a empresa pode focar nas outras marcas do portfólio com mais tranquilidade.

No fim, a aquisição da Aesop pela Natura em 2012 acabou sendo boa para ambas as marcas: a Aesop cresceu rapidamente ao longo dos dez anos, enquanto a Natura pode lucrar com esse crescimento (relembrando: ela adquiriu a Aesop por US$ 68 milhões e está vendendo por US$ 2,5 bilhões).

Recentemente, a Aesop havia sido avaliada em US$ 2 bilhões – ou seja, a Natura também conseguiu um preço maior do que o estimado.

Loja da Aesop na Oscar Freire (foto: divulgação/Aesop)

Novos planos da Natura

O CEO da Natura fez uma videoconferência para explicar mais detalhes sobre a venda. Ele olhou para o futuro… Agora, as prioridades são a ampliação e integração das marcas Natura, Avon e The Body Shop na América Latina. Vale lembrar: a Avon foi mais uma compra da Natura. A aquisição aconteceu em 2020.

Barbosa também afirmou que a Natura não planeja vender mais nenhum ativo. A empresa adquiriu a marca britânica The Body Shop em 2017 do próprio grupo L’Oréal.

L’Oréal: entenda os objetivos da compradora da Aesop

Após a Aesop ter sido avaliada em US$ 2 bilhões, concorrentes do mercado da beleza e cosméticos levantaram a mão. Além da L’Oréal, o grupo LMVH também ficou interessado. O LMVH concentra várias marcas de luxo, como Dior, Louis Vuitton, Tiffany & Co, Givenchy, Guerlain, entre outras.

Para a L’Óréal, essa é uma chance de expandir sua atuação no setor de cosméticos de luxo e concorrer de perto. Além da Aesop, a empresa possui a Lâncome, Kiehl’s, Yves Saint Laurent, Valentino, Giorgio Armani, entre outras, como marcas da mesma categoria.


POR QUE IMPORTA?

O movimento da Natura nos mostra a importância de fazer escolhas saudáveis para os negócios, principalmente em tempos de insegurança macroeconômica. 

Ao invés de sofrer com juros altos que no futuro poderiam prejudicar todas as suas marcas, a companhia vendeu a que estava mais descolada do seu negócio como um todo (porque os valores da Aesop são acima dos praticados na Avon, Natura e TBS). A decisão pode ser difícil, mas a medida reassegura os investidores e reafirma o foco da empresa.

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Imagem de perfil do redator

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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