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Inteligência Artificial no cinema: arte, ética e até onde a tecnologia pode ir?

A indústria cinematográfica dos Estados Unidos vive atualmente um dos seus momentos mais intensos da sua história, muito movidos pela pergunta: até onde a IA pode ir e o quanto ela mudará os empregos atuais quando o assunto é arte, criatividade e humanidade? Confira!

Inteligência Artificial no cinema: arte, ética e até onde a tecnologia pode ir?

Inteligência Artificial (Foto: Pexels)

, Redator

7 min

5 out 2023

Atualizado: 5 out 2023

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*Grazielle Sbardelotto 

Esse foi o assunto do bate-papo de 50 minutos conduzido por Stephanie Ruhle, anfitriã do programa 11th Hour na MSNBC, com Viola Davis e Spike Lee, duas das figuras mais importantes do cinema norte-americano.

  • Mesmo quando o tópico foi cinema e arte, o assunto Inteligência Artificial esteve presente, como na maioria das falas do evento Dreamforce 2023. 

No entanto, com um tom mais crítico e reflexivo por parte dos convidados do momento. A indústria cinematográfica dos Estados Unidos  vive atualmente um dos seus momentos mais intensos da sua história, muito movidos pela pergunta: até onde a IA pode ir e o quanto ela mudará os empregos atuais quando o assunto é arte, criatividade e humanidade?


A diferença entre arte e negócios

Com dois grandes nomes de Hollywood no palco, a linha - que para muitos parece tênue nos dias atuais - entre arte e negócios fica mais acentuada, dando forma para discussões sobre ética e economia.

  • Para a atriz e o diretor, o grande problema quando falamos de Inteligência Artificial no cinema e na indústria criativa é que muitas vezes as pessoas confundem o que é arte - no sentido literal da palavra - com negócios.

Arte, de acordo com o dicionário, é "a produção consciente de obras, formas ou objetos, voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana”. 

E, quando falamos de subjetividade podemos relacionar aos aspectos mais essenciais do ser humano, como nossas referências criativas, experiências de vida e habilidades pessoais para dar forma ao que chamamos de um estado de arte. 

  • Já quando tratamos de negócios, a questão geralmente envolve aspectos financeiros, como investimento e lucro.

Ao misturar arte e negócios com Inteligência Artificial é comum associar com aumento da produtividade, facilidade e rapidez. No entanto, esses termos podem ser opostos ao processo criativo que envolve, no caso, fazer filmes. 

Além disso, a IA pode também impactar a expressão única de cada artista no mundo, pois o que estes fazem é transpor as suas experiências pessoais e espelhar sua visão da realidade para o público, gerando conexão e impacto para que as pessoas se sintam representadas e emocionalmente envolvidas.

“A maioria das pessoas entende de negócios, mas não entende de arte”, afirma Viola Davis. 

De acordo com a ganhadora do Oscar, as experiências e o background de cada pessoa é o que gera obras fascinantes e os atalhos da IA podem tirar um pouco da magia que existe no processo criativo, tornando as produções apenas boas o suficiente para gerar engajamento. Isso, para a atriz, fica no caminho das coisas pelas quais ela vive, no caso, arte.

  • Já para o cineasta, o perigo da IA está na tentativa de colocar nas máquinas e na tecnologia o espírito humano: “Para alcançar a grandeza, precisamos colocar nossa alma e nosso coração naquela arte. E uma máquina não consegue fazer isso.” 

Segundo ele, por enquanto, ainda conseguimos identificar o que é criado por IA e o que não é, mas estamos apenas no começo da evolução desse tipo de ferramenta e precisamos entender mais sobre seus limites. 

A reflexão que Lee também traz é que qualquer pessoa em seu próprio apartamento pode criar e transformar o que já está no mundo, e isso pode impactar a produção de qualquer artista, tanto do ponto de vista criativo quanto ético.

  • Além de toda a questão sobre o impacto da tecnologia e da IA sobre o processo criativo e a produção artística, os convidados discutiram bastante sobre questões sociais e econômicas.
     
  • Abordando não apenas o papel das big techs, mas questionando porque as definições e regulamentações partem das mesmas ao invés de envolver mais pessoas da comunidade para entendermos juntos os caminhos a serem seguidos.

“O meu medo é que as pessoas não se importem mais com arte”, disse Viola Davis, em uma das falas mais impactantes da conversa. 

No mundo atual, onde vivemos tudo instantaneamente e o que é criado pode ser apenas bom o suficiente para os negócios continuarem lucrando, devemos nos questionar com mais atenção sobre os rumos que a tecnologia está tomando e se queremos que o caminho a ser seguido seja esse que observamos se desenrolar em nossa frente.

*Grazielle Sbardelotto é sócia e VP de Marketing Cloud Services na Pmweb. Com mais de quatorze anos de experiência em CRM e marketing digital, pós-graduada em Administração e Marketing pela Universidade da Califórnia (UCLA), lidera áreas técnicas e de negócio para apoiar os clientes no sucesso através da melhor combinação entre tecnologia e marketing.

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