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Inteligência artificial acelera disputas entre Big Techs: Meta, OpenAI, Apple e Tesla em foco

Meta aposta em superinteligência, OpenAI pode valer US$ 500 bilhões, Apple investe em chips nos EUA e Tesla perde espaço na Europa. Veja como a corrida por IA está moldando o futuro das gigantes da tecnologia.

Inteligência artificial acelera disputas entre Big Techs: Meta, OpenAI, Apple e Tesla em foco

Foto: Pexels

, Founder da StartSe

8 min

7 ago 2025

Atualizado: 7 ago 2025

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Bom dia! Hoje é 7 de agosto. Em 2008, os Jogos Olímpicos de Pequim eram oficialmente inaugurados — um marco que simbolizava a ascensão da China como superpotência tecnológica. Dezesseis anos depois, quem lidera a corrida é a inteligência artificial: com novos protagonistas, novas tensões e uma nova ordem se formando.


A superinteligência está a caminho?

Mark Zuckerberg anunciou que a IA da Meta começou a se aprimorar sozinha. Isso mesmo: o CEO afirma que a nova versão do LLM já consegue modificar seu próprio código-fonte para melhorar desempenho, algo que, até ontem, era ficção científica. Segundo ele, a IA agora se comporta como um organismo vivo, em constante evolução e adaptação.

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Se confirmado, esse salto não é só técnico: é filosófico. Fala-se há décadas na possibilidade de uma IA “recursiva”, capaz de evoluir por conta própria até atingir uma superinteligência — ponto em que nenhuma mente humana conseguiria acompanhá-la. O temor (ou fascínio) dos especialistas está justamente aí: quando essa evolução deixa de ser previsível, o controle humano se torna apenas simbólico.

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Zuckerberg, por sua vez, tenta moldar a narrativa de que essa nova era exigirá um novo hardware. Disse que “quem não usar óculos com IA ficará para trás”, deixando claro que a Meta vê a computação imersiva como porta de entrada para esse novo paradigma. Mais do que celulares, ele aposta em wearables inteligentes como intermediários entre humanos e sistemas cada vez mais autônomos. A revolução, ao que tudo indica, não será só de software.


Tesla entra em modo colapso no Reino Unido

As vendas da Tesla despencaram 60% no Reino Unido, segundo dados divulgados nesta semana. A queda é tão acentuada que o país saiu do top 10 dos maiores mercados da montadora. Enquanto isso, rivais chineses como BYD e MG Motors seguem em expansão. O tombo britânico pode parecer local, mas sinaliza algo maior: o apelo da Tesla está começando a ruir fora do eixo EUA-China.

Essa retração não é isolada. Desde que Elon Musk passou a focar mais em inteligência artificial e robôs humanoides, há quem diga que a Tesla deixou o carro em segundo plano — e o cliente junto. O fato de os veículos da marca ainda sofrerem com problemas de entrega, qualidade e pós-venda acentuou o desgaste com o consumidor europeu, especialmente em mercados altamente regulados e concorridos.

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O recado do mercado é direto: a Tesla precisa voltar a ser uma montadora, não só uma promessa futurista. Musk pode até querer reinventar o transporte com IA e automação total, mas enquanto o presente estiver emperrado, o futuro fica distante. O Reino Unido pode ter sido apenas o primeiro sinal de alerta.


OpenAI pode valer meio trilhão

A OpenAI estaria negociando uma nova venda de ações secundárias que avaliaria a empresa em US$ 500 bilhões — o dobro de seu valuation no início do ano. A informação, obtida pelo The Information, reforça a ideia de que o mercado de IA segue aquecido, mesmo com os alertas de bolha. Nenhuma startup cresceu tanto em tão pouco tempo desde o boom das .com.

Essa rodada, no entanto, não é para captar novos recursos, e sim para permitir que funcionários e investidores antigos vendam suas participações. Ou seja: há muita gente querendo realizar lucro agora — o que pode indicar percepção de risco ou simplesmente de saturação. Ainda assim, o valor impressiona, colocando a OpenAI atrás apenas de gigantes como Apple, Microsoft e Alphabet.

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A questão é: o que justifica meio trilhão? A empresa tem pouca receita recorrente, depende de infraestrutura de terceiros (como a Microsoft) e enfrenta competição feroz. O valor, na prática, reflete menos os produtos atuais e mais a crença de que a IA dominará tudo — e que a OpenAI liderará esse domínio. É uma aposta no futuro, com todos os riscos (e retornos) que isso envolve.


Apple aposta US$ 100 bilhões no “made in USA”

A Apple anunciou um investimento histórico de US$ 100 bilhões para expandir a produção de semicondutores nos Estados Unidos, focando principalmente em Arizona e Califórnia. A meta é clara: reduzir dependência da Ásia, especialmente de Taiwan, e alinhar-se à política industrial americana que busca retomar o protagonismo na cadeia global de chips.

Esse movimento segue a tendência de “reshoring” acelerado por tensões geopolíticas e incentivos como o CHIPS Act, aprovado nos EUA. A Apple, que sempre foi símbolo da produção asiática enxuta e barata, agora se posiciona como aliada da segurança nacional e da autonomia tecnológica americana — algo que pode agradar tanto reguladores quanto investidores.

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Na prática, esse investimento pode redefinir a cadeia de suprimentos da tecnologia global. Fabricar chips nos EUA significa custo maior no curto prazo, mas mais controle, resiliência e prestígio no longo. Para o consumidor, isso pode se traduzir em produtos mais caros, mas também em avanços mais rápidos — com menos gargalos e mais inovação local.

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Fundador do StartSe, empresa de educação continuada com sede no Brasil e operações no Vale do Silício e na China. Empreendedor há mais de 10 anos, apaixonado por vendas e criação de produtos. Trabalha todos os dias para "provocar novos começos" através do compartilhamento de conhecimento.

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