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De IA a 5G: por que o agro está de olho nas tecnologias?

Dados são o novo adubo do agro: descubra as tecnologias do agronegócio favoritas a receber investimento.

De IA a 5G: por que o agro está de olho nas tecnologias?

De importador a potência mundial, quando o assunto é tecnologia no setor agropecuário, o Brasil está no patamar dos países mais avançados.

, Head de Conteúdo na Captable

8 min

24 abr 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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Não há mais espaço para feeling. No agro, a especialização e inserção massiva de tecnologia no cultivo significa que o setor está avançando, cada vez mais, para processos baseados em dados. 

Portanto, não é por acaso que as oportunidades para conectar, coletar e processar toda essa informação são as tecnologias com maior intenção de investimento nos próximos anos.

AS TECNOLOGIAS EMERGENTES DO AGRO

A pesquisa Emerging Technologies Agro 2022, do MIT Technology Review, entrevistou líderes e tomadores de decisão em tecnologia do segmento de agronegócio brasileiro para questionar a intenção de investimento deles em diferentes campos, com probabilidade de 0 (pouco provável) a 5 (muito provável).

36% das entrevistas foram realizadas com produtores rurais, como agricultores e pecuaristas, e 64% com agroindústrias e fabricantes de insumos. Para o primeiro grupo, as três áreas de tecnologia com maior probabilidade de investimento foram: conectividade 5G e internet das coisas (4,27 de média), georreferenciamento e cartografia digital (4,13) e meteorologia digital (4,13).

Já para o segundo grupo, as tecnologias com maior probabilidade de investimento foram: analytics e big data (4,26), conectividade 5G e internet das coisas (4,25) e inteligência artificial e aprendizado de máquina (4,14). 

DADOS SÃO A SEMENTE E O ADUBO

Essas tendências de investimento apresentadas na pesquisa evidenciam que o agro se tornou multidisciplinar: além da agronomia, envolve engenharias, computação e outras áreas. Essas inovações vão sendo incorporadas à tecnologia nacional e o custo vai sendo bastante reduzido.

De importador a potência mundial, quando o assunto é tecnologia no setor agropecuário, o Brasil está no patamar dos países mais avançados. “Não existe nenhum outro país no cinturão tropical do globo que tenha avançado tanto. E esses avanços ocorrem de forma mais acelerada na produção de commodities", segundo o engenheiro agrônomo Celso Moretti, presidente da Embrapa.

TENDÊNCIA: DECISÕES BASEADAS EM DADOS

Para que as novas tecnologias ganhem popularidade no campo é preciso superar algumas barreiras – a principal delas é a conectividade. Segundo o IBGE, 70% das propriedades rurais no Brasil não possuem conexão à internet. Investimentos públicos e privados recentes devem começar a mudar essa realidade, especialmente por parte das operadoras de telefonia.

Com essa revolução na conectividade, mais investimento deve ser escoado para inteligência artificial e aprendizado de máquina – um resultado de um agronegócio que passará a depender mais de análises precisas para aumentar a eficiência e produtividade. Para absorver e processar a informação, investimentos em analytics e big data devem crescer em conjunto.

Para o gestor do agronegócio, esses movimentos evidenciam uma necessidade maior de previsibilidade sobre os resultados de cada ação tomada – já que não deve haver mais espaço para basear decisões apenas no feeling pessoal. O papel da IA deve ser, justamente, o de cruzar dados, identificar relações e gerar insights em níveis praticamente impossíveis para o cérebro humano.

Todos esses movimentos não são exceção. A história do agro é marcada por revoluções tecnológicas – e essa, justamente, é a que está ocorrendo no momento, impulsionada pelos avanços de um mundo cada vez mais digital. 

As imagens de satélite, por exemplo, que já são usadas há algum tempo pelo setor, agora dividem espaço com diversas outras tecnologias, como as de precisão, biotecnologia, sensores, robôs, drones e plataformas de análise de todos esses dados.

São essas ferramentas que têm despertado a criação de um modelo competitivo e sustentável de agricultura tropical por aqui, sem paralelo no mundo – uma agricultura baseada em ciência, empreendedorismo e inovação.

POR QUE IMPORTA?

O Brasil ter se tornado uma potência agrícola mundial está diretamente relacionado à adoção e aplicação de tecnologias e ciência no campo. Essa força transformadora da união do agro e tecnologia foi a faísca para o nascimento de muitas startups voltadas ao setor. Fica claro que há uma grande oportunidade de desenvolver soluções inovadoras para a agricultura e pecuária brasileiras.

Hoje, o grande diferencial do país – e a razão para sua liderança na produção de diversas culturas – está na pesquisa e desenvolvimento constantes de tecnologias inovadoras que contribuem para aumentar a produtividade de diversos cultivos.

Com mais formas de coletar dados e mais informação disponível, o próximo passo é a automação e otimização dos processos. E o agro conta com uma operação bastante complexa e, portanto, com muitas oportunidades para inovar. São pessoas, máquinas, produtos e produção que possuem alavancas de crescimento a serem destravadas pelas soluções das agritechs.

No fim, as ferramentas e conhecimentos devem levar a criação de insights e ajuda na tomada de decisões, aumentando a eficiência operacional. É justamente nessa área, entregando decisões baseadas em interpretação de dados via inteligência artificial, que a Sensix atua. 

A solução da agritech reduz em até 70% os custos com químicos e fertilizantes e aumenta em 20% a produtividade das lavouras, integrando dados de drones, satélites, amostras de solo, chuva, produtividade e maquinários e entregando decisões prontas para o agricultor. E você pode ser sócio da startup investindo a partir de R$ 1000 através da Captable. Confira todos os detalhes.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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