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A Ford está se reestruturando para um futuro da mobilidade 100% elétrico. Entenda as mudanças
, jornalista da StartSe
6 min
•
14 fev 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
A Ford planeja produzir 2 milhões de veículos elétricos por ano até 2026 e, agora, está se reestruturando para isso. A empresa anunciou que irá demitir 3.800 funcionários na Europa (ao longo de três anos) e que investirá US$ 3,5 bilhões na criação de uma fábrica de baterias nos Estados Unidos.
Vale a pena ler de novo: recentemente, ela se dividiu em duas, a “Ford Model”, divisão de veículos elétricos, e a “Ford Blue”, de veículos à combustão. Para a Ford, todas essas mudanças fazem parte do futuro da mobilidade – e não há dúvidas de que este futuro é elétrico.
O foco das demissões são cargos administrativos e de desenvolvimento de produtos na Europa. A expectativa é que 2.300 empregos sejam cortados na Alemanha; 1.300 vagas no Reino Unido e os 200 restantes em outros pontos do continente.
Agora, uma das montadoras mais tradicionais do mundo espera focar nos veículos elétricos, inclusive na região, e afirma que os cortes acontecem devido à "necessidade de uma estrutura mais enxuta”.
Enquanto os combustíveis saem de cena em um futuro elétrico, as baterias se tornam as novas protagonistas do mercado. E elas são capazes de mudar tudo, definindo a potência, autonomia, sustentabilidade e preço dos carros, por exemplo.
É por isso que a Ford está investindo US$ 3,5 bilhões em uma fábrica própria. Ela ficará em Michigan, nos Estados Unidos, e será chamada de “BlueOval Battery Park Michigan”. O empreendimento terá o apoio da empresa chinesa Contemporary Amperex Technology.
Enquanto demite 3.800 pessoas na Europa, a expectativa é que a Ford contrate 2.500 funcionários na nova fábrica. A expectativa é que a produção inicie em 2026.
“Nós estamos comprometidos em liderar a revolução dos veículos elétricos nos Estados Unidos, e isso significa investir na tecnologia e em empregos que nos manterão na vanguarda dessa transformação global em nossa indústria”, disse Bill Ford, executivo da Ford no anúncio da nova fábrica.
A parceria com a companhia chinesa não acontece por acaso. A China se destaca na produção das baterias do tipo LFP, sigla para “fosfato de lítio ferro”. Essas são as baterias usadas pelos veículos da Tesla, por exemplo.
Elas se contrapõem às baterias do tipo NMC, de lítio-óxido-manganês-cobalto, e fazem parte de um futuro elétrico mais acessível. Isso porque as baterias LFP são mais baratas e possuem melhor disponibilidade de matérias-primas, enquanto as NMC são mais potentes, mas mais caras e utilizam recursos mais escassos.
A própria Ford fez um comparativo entre ambas as baterias (confira imagem acima). No gráfico, a LFP se destaca pelo custo menor, disponibilidade de materiais e durabilidade, enquanto a NCM é melhor em energia, potência e na performance em climas frios.
Embora hoje pareça apenas uma curiosidade, é (e será ainda mais) importante entender qual é o tipo da bateria usada por cada veículo elétrico. Isso porque, além do preço, elas podem determinar a performance em momentos e locais específicos.
Além disso, as baterias são tão importantes para os veículos elétricos quanto os semicondutores são para os dispositivos eletrônicos. Além da Ford, a Tesla e outras montadoras também estão investindo em fábricas próprias, como forma de ganhar mais dominância no mercado.
É claro que uma transformação dessa em uma super corporação não é simples. Além de se dividir em duas, a Ford também planeja investir mais de US$ 50 bilhões no setor até 2026 – e essa fábrica é só o começo.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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