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Executivos estratégicos, times operacionais: a grande incoerência corporativa

Por que seus líderes de área estão sendo preparados para fracassar (e o que fazer a respeito)

Executivos estratégicos, times operacionais: a grande incoerência corporativa

Foto: Unsplash

, redator(a) da StartSe

5 min

11 jul 2025

Atualizado: 11 jul 2025

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Vivemos em um paradoxo corporativo: empresas clamam por diferenciação estratégica, mas treinam seus líderes apenas para operar, não para pensar estrategicamente. Resultado? Uma tropa de líderes bem-intencionados, porém condicionados a repetir o passado, operar com eficiência e seguir o playbook do concorrente.

A miopia estratégica da gestão moderna

Líderes de departamento são cobrados por metas, KPIs, produtividade, cortes de custos e eficiência. Mas quantos são capacitados para fazer escolhas estratégicas intencionais e ousadas? Poucos. Estratégia não é meta. Estratégia é escolher onde jogar e como vencer, mesmo que isso exija nadar contra a maré do setor.

Mas, na prática, os treinamentos corporativos continuam focados em soft skills, gestão de conflitos e frameworks operacionais. Úteis? Sim. Diferenciadores? Raramente.

O Efeito “Ctrl C + Ctrl V”

Na ausência de visão estratégica, o instinto é copiar. Benchmarking mal digerido vira bússola. Harvard Business Review é tratado como receita universal. Mas o que funcionou para a Amazon ou o Nubank pode não funcionar para você.

Exemplos abundam:

  • Marketing que repete slogans e campanhas genéricas.
  • RH que copia programas de engajamento viralizados.
  • TI que adota as mesmas plataformas “porque todos estão usando”.

Essa cultura do “me too” gera melhorias incrementais, mas não ruptura. E o que é pior: torna sua empresa indistinta num mercado já saturado.

Por que isso importa agora?

Num cenário de descomoditização acelerada, a diferenciação é mais crítica do que nunca. Um estudo da McKinsey mostrou que 84% dos executivos dizem que a inovação é essencial para o crescimento, mas apenas 6% estão satisfeitos com os resultados de suas iniciativas estratégicas.

A lógica é clara: não dá para construir vantagem competitiva com times treinados apenas para manter a máquina funcionando.

Como mudar esse jogo

Se você é executivo, diretor ou fundador, aqui está o que precisa ser feito — urgentemente:

1. Ensine pensamento estratégico

Invista em workshops e imersões que desenvolvam visão de negócio, capacidade de análise de mercado e posicionamento competitivo. Estratégia não é dom, é disciplina. Treine para isso.

2. Recompense a inovação, não só a eficiência

Eficiência é melhorar o que já existe. Estratégia é reinventar. Premie líderes que desafiam padrões, testam caminhos novos, erram rápido e aprendem mais rápido ainda.

3. Alinhe as estratégias entre áreas

Faça com que líderes compartilhem suas apostas, hipóteses e planos. Estratégia não pode nascer em silos. Construa pontes e provoque sinergias reais — não aquelas que vêm da planilha.

4. Rompa com os “Best Practices”

Melhores práticas são atalhos para mediocridade quando copiadas sem contexto. Questione o que virou norma. Reinvente o óbvio. Como dizia Peter Thiel:

“A competição é para os perdedores.”

5. Dê Autonomia para a Execução Estratégica

“As equipes do Google têm muita autonomia — inclusive de mim.” Sundar Pichai

Se a estratégia é só um PowerPoint bonito feito pelo topo, ela morre na primeira reunião de orçamento. Estratégia precisa virar responsabilidade compartilhada.

Chegou a hora de parar de operar no piloto automático.

Participe do Executive Program e desenvolva o pensamento estratégico que sua empresa precisa para realmente se diferenciar. Aprenda a fazer escolhas ousadas, romper com o óbvio e liderar com visão de futuro. 

Estratégia não é dom. É treino. Vamos começar?

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Imagem de perfil do redator

Sócio da StartSe com negócios no Vale do Silício e China, 20 anos Executivo de Grandes Cias, nas áreas estratégica, inovação, transformações digital e cultural nos negócios em que atuou. Investidor e Conselheiro de empresas.

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