Como o YouTube quer usar IA para deixar os anúncios menos irritantes?

Quem nunca passou por isso? Você clica em um vídeo no YouTube, pronto para relaxar ou aprender algo novo, e, de repente, é surpreendido por uma propaganda — sem a opção de pular. Essa é, sem dúvida, uma experiência cotidiana da era digital, pela qual a grande maioria dos usuários conectados já passou. 

Atualmente, a única forma de assistir aos vídeos na plataforma sem interrupções publicitárias é por meio da assinatura do YouTube Premium, que custa R$ 26,90 por mês ou R$ 269 no plano anual. No entanto, a maior parte do público ainda usa a versão gratuita do aplicativo, e, nesse caso, os anúncios são a principal fonte de receita da empresa. 

Agora, como continuar faturando sem afastar ou irritar os usuários? Para o YouTube, a resposta é: usando a inteligência artificial. 

Como assim?

O YouTube anunciou que passará a usar o Gemini, seu modelo de inteligência artificial, para melhorar a posição dos anúncios nos seus vídeos. A ideia é que a IA identifique os pontos de pico de um vídeo e insira a propaganda depois deles, para não atrapalhar a experiência do usuário e evitar interrupções que os frustrem. 

O recurso ainda não tem data oficial para lançamento, mas está previsto para chegar ainda esse ano. 

Por que importa?

Estamos falando de um equilíbrio bem pensado entre experiência do usuário e modelo de negócios. Se a inteligência artificial conseguir tornar os anúncios menos invasivos, posicionando-os de maneira estratégica, sem comprometer a fluidez dos vídeos, o YouTube pode manter (ou até ampliar) sua receita publicitária sem afastar sua base de usuários gratuitos. Além disso, esse movimento sinaliza como a IA pode transformar até mesmo as estratégias mais tradicionais de monetização digital, tornando-as mais inteligentes e centradas no consumidor.

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