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Como essa empresa quer ser a Netflix da creator economy

A Stages quer oferecer um lugar próprio e personalizado para impulsionar vídeos de alta qualidade online e divulgar conteúdos de forma fácil, intuitiva e acessível.

Como essa empresa quer ser a Netflix da creator economy

, conteúdo exclusivo

8 min

4 out 2023

Atualizado: 4 out 2023

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Por Gabriela Del Carmen

Lançada no início deste ano para ajudar criadores de conteúdo e infopreneurs a revolucionar a forma de monetizar suas criações, a startup Stages planeja o próximo movimento de sua estratégia. Com foco em trazer novas funcionalidades em seu software e potencializar as produções do nicho esportivo, a empresa tem a meta de crescer a operação em 50%, alcançando R$ 4 milhões de faturamento até o fim do ano.

A companhia surfa na onda global da creator economy, oferecendo uma plataforma white-label para criadores de conteúdo lançarem suas próprias lojas online de vídeos e criarem um app próprio para distribuírem conteúdos exclusivos aos fãs. 

“Nossa missão é facilitar a vida do creator para que ele empreenda no setor, fazendo da criação de conteúdo a sua atividade principal de sustento. Queremos facilitar o caminho para que a jornada até a monetização seja mais curta, direta e sem muitos intermediários”, afirma Tiago Maranhão, country manager da Stages, em conversa com o Startups.

Ele explica que, com a plataforma, os criadores têm total independência em relação aos seus projetos, decidindo como o conteúdo é monetizado e tendo controle total sobre seu público e faturamento para levar ideias e projetos ao próximo nível. 

  • A proposta é atuar como uma Netflix da creator economy, oferecendo um lugar próprio e personalizado para impulsionar vídeos de alta qualidade online e divulgar conteúdos de forma fácil, intuitiva e acessível.

“Nossa plataforma permite que qualquer um crie seu próprio streaming. Todas as pessoas – jornalistas, influenciadores, empresas, entre outros – têm a chance de mostrar seus conteúdos e fazer transmissões com muita facilidade na monetização direta”, pontua Tiago. 

Para aumentar a geração de valor, a startup lançou recentemente novas funcionalidades em seu software, incluindo a opção de pagamento por Pix e uma tecnologia de transmissão ao vivo de baixa latência IVS (Interactive Video System), útil para as lives de eventos que não podem ter atrasos nas transmissões. 

Foco no esporte

Embora atue com os mais variados segmentos, a startup tem um olhar especial para o nicho esportivo. Primeiro, por uma vocação da própria equipe, formada por entusiastas e profissionais ligados ao setor que trazem uma ampla bagagem e experiência no mercado esportivo. Mas principalmente por uma sinergia de negócios. 

“Nossa tecnologia tem um fit natural com a transmissão esportiva. Criadores, entidades, federações e clubes que queiram fazer transmissões encontram na Stages uma solução simples e barata, com a possibilidade de monetizar e potencializar as marcas e os parceiros que os apoiam”, explica Tiago.

A startup promoveu transmissões da final da UEFA Champions League entre Manchester City e Inter de Milão e a decisão da Supercopa da Rússia entre Zenit e CSKA Moscou, além de amistosos europeus como Chelsea e Borussia Dortmund. Além disso, realizou uma parceria com Zico, ídolo do Flamengo, com uma transmissão gratuita da Copa da Amizade, organizada pelo ex-jogador para integrar o futebol entre o Brasil e o Japão. Outro projeto foi desenvolvido com o jornalista Paulo Vinícius de Mello Coelho, conhecido como PVC, para fazer lives e oferecer vídeos exclusivos ao público por meio do app do seu canal próprio. 

“Nossa estratégia tem sido verticalizar a Stages no mercado esportivo, que dá muita visibilidade. Os casos de sucesso no esporte atingem muitas pessoas e gera um buzz super alto, o que nos permite divulgar a Stages, mostrar a startup para o mercado e ilustrar de que forma atuamos nessa economia tão ampla”, diz Tiago. Com o plano de abraçar de vez o cenário esportivo, a empresa recentemente fechou uma parceria com a Federação Paranaense de Futebol para a transmissão de campeonatos.

Apesar dos potenciais no mercado esportivo, o intuito da Stages é seguir atendendo outros segmentos. “Durante um bom tempo, o esporte vai ser nosso carro-chefe, ou pelo menos a nossa vertical mais visível. No entanto, vamos manter os trabalhos com todo o ecossistema da creator economy“, pontua o country manager da startup.


Próximos passos

Além da projeção de atingir R$ 4 milhões de faturamento até dezembro, a Stages pretende acelerar os lançamentos de aplicativos iOS e Android de seus clientes, tornando o processo ainda mais intuitivo, e fortalecer seu braço educacional com a consolidação da Stages Academy, com conteúdos para ajudar creators a se destacarem no mercado. A startup já possui um investidor, mas não tem planos de fazer uma rodada institucional no curto prazo.

A startup deve iniciar sua expansão internacional ainda em 2023, com produto disponível em inglês e aceitando as principais moedas do mundo. 

Temos conversas avançadas nos Estados Unidos, algumas regiões europeias e no Oriente Médio, onde o futebol vem crescendo fortemente, principalmente na liga árabe, onde estão jogadores como Cristiano Ronaldo, Neymar e uma série de outros brasileiros de ponta”, diz Tiago. A expectativa é selecionar uma região para testar a solução nos próximos seis meses.

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