ChatGPT já rivaliza com Google: 624 milhões de buscas diárias migram para IA

O novo relatório How People Use ChatGPT (OpenAI, Harvard e Duke) mostra um ponto de virada: 24% das interações no ChatGPT são “buscas por informação”. Isso equivale a 624 milhões de pesquisas diárias que deixam de ir para Google, Bing e afins.

Por que isso importa?

• Modelo de negócio em risco: publicidade baseada em busca ainda representa a maior fatia de receita de Google e Microsoft. Se consultas migram para chatbots, a lógica de anúncios em links patrocinados perde espaço.
• Mudança no funil de decisão: consumidores que pedem recomendações a um chatbot pulam a etapa da comparação em páginas de resultados. Isso pode redesenhar estratégias de marketing digital.
• Nova disputa: a guerra não é só entre Google e Bing, mas contra interfaces de linguagem natural — que já capturam hábitos de milhões de pessoas.
   

O que o relatório revela

• Companheiro de busca: 1 em cada 4 mensagens no ChatGPT é, na prática, uma pesquisa — de conselhos práticos a dúvidas de saúde.
• Confiança na resposta direta: em vez de 10 links, o usuário recebe uma resposta única, conversacional, o que aumenta adesão, mas também o risco de confiar em informações incorretas.
• Impacto no mercado: com 700 milhões de usuários mensais, o ChatGPT já concentra quase 9% da população global ativa como “motor de busca alternativo”.
   

A ameaça ao Google não vem de um novo buscador mais rápido, mas de um não-buscador: um chatbot que responde em vez de listar opções. Essa mudança muda não só a publicidade, mas também como empresas constroem reputação e presença digital.

Sinais para executivos ficarem de olho

1. SEO em xeque: estratégias de otimização para buscadores tradicionais podem perder relevância. Como sua empresa aparece em respostas de IA?
2. Novas métricas: share of voice em chatbots pode se tornar tão importante quanto posição no Google.
3. Curadoria de confiança: com risco de “alucinações” em alta, marcas precisarão reforçar credibilidade em fontes oficiais e dados verificáveis.
4. Adoção assimétrica: em países emergentes, onde ChatGPT cresce mais rápido, a substituição do Google pode ser ainda mais intensa.
    

O que está em jogo

Se a internet dos últimos 20 anos foi moldada pela busca em links, os próximos anos podem ser moldados por respostas conversacionais únicas. Para líderes, o desafio não é só “estar no Google”, mas aprender a ser encontrado — e citado — pela IA.

👉 No AI Festival StartSe, vamos explorar como essa disputa entre buscadores e chatbots redefine marketing, negócios e a relação com clientes.