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Como o Pix quer ser o "instrumento de pagamento universal"?

O Banco Central analisa a história do Pix, enquanto avança no principal meio de pagamento dos brasileiros. Veja os destaques

Como o Pix quer ser o "instrumento de pagamento universal"?

Pagamento com PIX (Foto: Canva)

, Jornalista

7 min

5 set 2023

Atualizado: 5 set 2023

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O Pix evoluiu tanto e tão rápido que a gente já trata com muita naturalidade na hora de pagar. Para você ter uma ideia, em dezembro de 2022, foram realizados 2,9 bilhões de Pix, crescimento de 1.900% em relação a dezembro de 2020, segundo mês de operação da ferramenta, de acordo com  “Relatório de Gestão do Pix - Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022”, do Banco Central. 

Quais foram as principais mudanças no Pix?

Desde o seu lançamento, em novembro de 2020, já avançamos com funções como:

  • Pix imediato por meio das chaves
  • Leitura de QR Code ou Pix Copia e Cola
  • Agendamento de Pix
  • Integração da agenda telefônica para identificar quem cadastrou o telefone como chave
  •  API Pix (padronizada pelo BC) também foi disponibilizada desde o lançamento do Pix
  • Diretrizes de acessibilidade para a experiência do usuário, que precisam ser observadas pelas instituições que ofertam o Pix aos seus clientes
  • Limite, bloqueio cautelar, Mecanismo Especial de Devolução e Regras e mecanismos antifraude e de proteção de dados implantados como medidas de segurança
  • Pix Saque e Pix Troco

Junto a isso, o Banco Central determinou uma agenda de avanços, entendendo o comportamento do público e as novas possibilidades da ferramenta. 

(Fonte: divulgação Banco Central)


Qual o futuro do Pix?

O relatório deixa claro que “o objetivo do aprimoramento evolutivo é ampliar os casos de uso atendidos pelo Pix e alavancar ainda mais o seu uso. O Pix foi criado para permitir que qualquer transferência ou qualquer pagamento realizados hoje no Brasil possam ser feitos por meio dele.”

Como próximos passos, a instituição prevê o lançamento do Pix Automático, que vai apoiar pagamentos recorrentes sem a necessidade de autenticação mensal. A previsão de lançamento é 2024.

Mas existem outras funcionalidades no horizonte, como:

  • o uso de outras formas de iniciação que permitam que o pagador esteja sem conectividade à internet para realizar transações Pix.
  •  O 5G como acelerador na capacidade de processamento das transações em menor intervalo de tempo, potencializando do uso dos instrumentos digitais, como o Pix. 
  • Estudo de formas alternativas de iniciação de pagamentos como com uso de tecnologia por aproximação – NFC, RFID, bluetooth, biometria e outras. 
  • Há a possibilidade de estabelecer regras padronizadas que viabilizem a utilização de mecanismos de garantia vinculados às transações de pagamento, possibilitando que o Pix seja utilizado para pagamentos a prazo ou parcelados.
  • O Pix também poderá permitir, no futuro, a integração com sistemas de pagamentos instantâneos internacionais.
  • Futuramente, o Pix pode ser usado também em pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transportes público.

O documento reitera que “os produtos e as funcionalidades a serem desenvolvidos no contexto da agenda evolutiva para os próximos anos devem impulsionar mais intensamente o Pix, enquanto instrumento de pagamento universal”.

A receita do sucesso por trás do Pix é o usuário

Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, contou, em live, que o Banco mapeou em 2014 a necessidade de algo como o Pix e lançou a proposta para o mercado. Como nenhuma solução foi desenvolvida, em 2018 o BC criou um grupo de trabalho focado no Pix.  
 

“Fizemos uma lista de que erros não cometer e de práticas efetivas. Então o Pix começou baseado em um aprendizado profundo de outras jurisdições”, explica ele. 

E além de olhar para fora, foi preciso olhar para dentro de casa e ouvir os brasileiros. Ao entender as dores, a campanha de lançamento foi feita considerando os receios (como segurança) e muita educação, para garantir o melhor uso da ferramenta. 

Agora, o produto segue evoluindo, olhando para trás e mostrando os aprendizados, para planejar o futuro. Além disso, o BC soube usar o ecossistema de instituições financeiras para construir, em parceria, uma jornada para o Pix. 

Para Renato, a base das conquistas está em 3 pilares: “uma experiência do usuário convenente, tão versátil e ainda de graça? Isso explica tanto sucesso.” Porque tudo foi construído com o usuário no centro. 

Por que importa?

Renato destacou ainda a inclusão financeira que o Pix gerou. 71,5 milhões de pessoas que nunca haviam feito transferências digitais, passaram a usar o Pix e fazer parte do sistema financeiro. 

E ainda há espaço para crescimento. O Brasil, como o case do Pix mostra, está aberto para inovações que facilitem a vida dos usuários, desde que, de fato, resolva uma dor. E, para isso, é preciso ouvir as pessoas. 

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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