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Por que fintechs brigam por atenção?

Fintechs brigam pela principalidade: Nubank, PicPay e Inter dão lucro, enquanto C6 sofre. Entenda os motivos.

Por que fintechs brigam por atenção?

Uma briga antiga do sistema bancário é pela principalidade, ou seja, se tornar a principal conta utilizada pelo cliente. Antes, essa briga ocorria só entre os bancos tradicionais. Agora, competem com fintechs. (Foto: Unsplash).

, Head de Conteúdo na Captable

7 min

4 set 2023

Atualizado: 18 set 2023

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Na vida ninguém quer ser a segunda opção de alguém. Para as fintechs conhecidas como neobancos – que oferecem conta, cartão e serviços bancários – ser o principal é questão de sobrevivência.

Em média, o brasileiro tem conta ativa em pelo menos quatro instituições financeiras. Há uma abundância de players, oportunidades e vantagens brigando pelo seu dinheiro.

Uma briga antiga

Uma briga antiga do sistema bancário é pela principalidade, ou seja, se tornar a principal conta utilizada pelo cliente. Antes, essa briga ocorria só entre os bancos tradicionais. Agora, competem com fintechs. E fintechs competem com fintechs.

Uma pesquisa do Google mostrou que os cinco grandes bancos (Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Federal) ainda representam a maioria dos relacionamentos principais. Mas a dominância está em declínio.

Nas fintechs, o Nubank lidera: 42% dos clientes têm o roxinho como o relacionamento principal – se considerados os dois principais relacionamentos dos clientes o número salta para 71%.

Ainda assim, há espaço para as fintechs crescerem. Em média, 34% dos clientes dos bancões os consideram como principal relacionamento, entre os bancos digitais, o índice cai para 17%.

A oportunidade está à porta das fintechs que propuserem melhores condições: 57% dos clientes brasileiros consideram mudar seu banco principal e é inquestionável que as soluções digitais ficarão cada vez mais atraentes.

"O futuro dos nossos serviços financeiros será centrado em dados e tecnologia que servem a satisfação e experiência dos usuários. Muitas das empresas que surfarão essa nova onda de competição ainda estão escalando, ou prestes a serem criadas. Mudanças tectônicas se anunciam para o sistema financeiro do Brasil." Julio Vasconcellos, fundador do Peixe Urbano e sócio da gestora de venture capital Atlantico.

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Lucro do Nubank, desespero do C6

A principalidade importa ainda mais para as fintechs. Olha só: o Nubank reportou em seus resultados fiscais do segundo trimestre que é a conta primária de 58% dos clientes ativos com conta há mais de um ano.

O resultado disso foi o lucro líquido recorde do trimestre: US$ 225 milhões (R$ 1,1 bilhão) – um crescimento de 53% em relação ao trimestre anterior,desconsiderando variações cambiais.

A receita trimestral do neobanco ficou em US$ 1,9 bilhão, outro recorde. Assim a fintech se mantém como uma das empresas mais bem capitalizadas da América Latina, com US$ 2,4 bilhões em excedente de fluxo de caixa.

Se a história é tão animadora para o Nubank, o mesmo não pode ser dito do C6 Bank. Há dois anos o JP Morgan comprou 40% do C6 por R$ 10 bilhões, agora, teve que socorrer o investimento e comprar mais 6% do banco por um valor não revelado (seria um downround?).

E não é falta de crescimento: desde junho de 2021 o número de clientes cadastrados no C6 pulou de 8 milhões para 25 milhões; o portfólio de crédito foi de R$ 9,5 bilhões para R$ 40 bi.

Ainda assim, no primeiro trimestre do ano – último reportado – o C6 aumentou o prejuízo na comparação anual, saindo de R$ 228 milhões para R$ 350 milhões.

Além do crescimento acelerado – até demais – os resultados são um reflexo da piora do mercado, trazendo qualidade de crédito menor e crescimento da inadimplência, o que exige um aumento das provisões por parte do neobanco.

Por que importa?

Mas o principal problema do C6 Bank é ter conquistado uma grande base de clientes sem conseguir monetizar. Ou seja: a receita gerada pelos clientes é muito pequena quando comparada ao número de contas abertas.

A história de horror do C6 fica ainda mais amarga quando colocada em comparação com as outras fintechs do país: Nubank, Inter e Picpay chegaram à rentabilidade enquanto o C6 reportou um prejuízo líquido de R$ 2,2 bi em 2022, 3x maior que em 2021.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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