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Bitcoin atinge maior valor histórico: o que esperar em 2022?

Entenda o novo recorde da criptomoeda e como o mercado está mudando a visão sobre o Bitcoin

Bitcoin atinge maior valor histórico: o que esperar em 2022?

Bitcoin (foto: Michael Förtsch/Unsplash)

, jornalista da StartSe

8 min

18 fev 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Tainá Freitas

O Bitcoin atingiu um novo valor recorde: US$ 65 mil. A criptomoeda, que tem experimentando flutuações ao longo deste ano, alcançou nesta quarta-feira (20) o maior valor desde que foi criada. 

A valorização da moeda criptografada não aconteceu do dia pra noite. Desde o início do ano, empresas e investidores têm olhando para o Bitcoin com outros olhos. Recentemente, ele passou a ser negociado na bolsa de valores de Nova York, através de fundos de investimento. Isso já acontece no Brasil e Canadá.

Além disso, têm sido criadas iniciativas para aliar a criptomoeda à sustentabilidade. Até então, uma das maiores críticas ao Bitcoin é o grande consumo de energia utilizado na mineração. Entenda como conciliar o Bitcoin ao ESG.



A VISÃO DO MERCADO

A Mastercard e o PayPal entraram no negócio das criptomoedas e estão possibilitando que uma cadeia global de comerciantes e negócios aceitem o Bitcoin.

Nossa filosofia em criptomoedas é clara: é sobre escolha. A Mastercard não está aqui para te recomendar que comece a usar as moedas criptografadas. Mas estamos aqui para permitir que clientes, comerciantes e negócios transfiram valores - tradicionais ou cripto - como quiserem. Deve ser sua escolha, é o seu dinheiro”, escreveu a Mastercard no anúncio.

Para Carlos Netto, fundador da fintech Matera, a criptomoeda tem sido cada vez mais escolhida por empresas porque possui uma vantagem específica em comparação às moedas tradicionais. “O Bitcoin possui uma reserva específica, ninguém pode ‘imprimir mais’, é finito. Ele está sendo chamado de ouro 2.0 por este motivo”, comentou em entrevista à StartSe.

Quebrando paradigmas

Há outro ponto que tem contribuído para o valor recorde da criptomoeda: a aceitação. Movimentos como o da Mastercard e PayPal fortalecem a confiança nas criptomoedas em geral, pois são empresas relevantes e influentes em seus setores.

“É uma questão cultural, faltava uma aceitação plena. Agora, pode acontecer o efeito manada, as pessoas começam a levantar o dedo na reunião e falar sobre Bitcoin”, avalia Netto.

Em 2020, o país com o maior volume de dinheiro transacionado em forma de criptomoedas foi os Estados Unidos. A adoção pode se tornar estatal: recentemente, o governo de Miami anunciou a intenção de pagar parte dos salários dos funcionários e aceitar o pagamento de impostos em Bitcoin.

Francis Suarez, prefeito da cidade, a descreveu como “pró-criptomoedas”. Ele espera atrair mais empresas de tecnologia para Miami com a medida.

As criptomoedas na África

Depois dos EUA, em segundo e terceiro lugar de maior valor transacionado em criptomoedas em 2020 estão a Rússia e a Nigéria.

O continente africano, em geral, tem se destacado cada vez mais. As moedas criptografadas têm sido utilizadas no dia a dia, para a transação entre pessoas e negócios. Foi uma questão de adaptação, pois a população já utilizava a moeda virtual “M-Pesa”, serviço da Vodafone.

Com a M-Pesa, os clientes iam até varejistas e compravam créditos celulares que eram convertidos em “dinheiro virtual”. Agora, as criptomoedas só simplificaram esse processo.

Não por acaso, grandes nomes já estão de olho nesse ecossistema em pleno desenvolvimento. Jack Dorsey, cofundador do Twitter, é um deles. Em uma entrevista recente, ele afirmou que, se pudesse, deixaria o Twitter para se dedicar à criptomoeda.

Recentemente, Dorsey e Jay-Z anunciaram a criação do ₿trust, um fundo de desenvolvimento para o Bitcoin. De início, a iniciativa terá foco na Índia e África. O objetivo é de que a criptomoeda se torne “a moeda oficial da internet”.

São dois panoramas diferentes: na África, as criptomoedas são uma verdadeira tendência. Já na Índia, há uma resistência por conta do governo — há, inclusive, planos recentes para bani-las do país. Na China, isto virou uma realidade: as criptomoedas são proibidas.

Jack Dorsey, cofundador do Twitter

Mas, afinal, o que é o Bitcoin?

O Bitcoin é uma moeda virtual, global e descentralizada — ou seja, não é comandada por nenhuma instituição ou governo. Foi criada em 2009 pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, que nunca teve a verdadeira identidade revelada.

A criptomoeda é transacionada pela Blockchain, uma rede virtual formada por “blocos” que registra todas as transferências. A Blockchain é criptografada e frequentemente descrita como “um livro aberto”, pois as transações realizadas são acessíveis para todos.

As moedas de Bitcoin são finitas. Elas podem ser adquiridas através de compra e venda por usuários (geralmente através de corretoras específicas) ou pela mineração, processo de alto custo e complexidade em que os envolvidos ganham frações da moeda como recompensa por auxiliar a manter a blockchain funcionando.

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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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